postado em 26/06/2008 21:31
Uma campanha da administração do Parque Olhos D'água com o apoio da comunidade busca abolir definitivamente o cigarro no local. A principal motivação da ação é inibir o incômodo dos outros usuários e prevenir contra queimadas iniciadas pelas pontas acesas jogadas na vegetação seca. "Ano passado registramos uma queimada no parque e uma das possibilidades é que o incêndio foi iniciado com pontas de cigarro", explicou o administrador do Parque, Ezequias Vasconcelos.
Avisos luminosos e mensagens já foram instalados com avisos sobre a proibição do tabaco. A administração intensificou o patrulhamento dos funcionários e vigilantes do local. "É muito bom ver que a saúde das pessoas também é valorizada com essa ação, afinal de contas, a maioria dos freqüentadores vai ao parque para fazer atividades físicas ou meditar", acrescenta Vasconcelos.
Freqüentadores
O Parque Olhos D'água registra uma média de 800 a mil freqüentadores por dia durante a semana. Nos finais de semana, o número sobe para 2 mil pessoas. A nascente Olhos D'água, a Lagoa do Sapo, pontes, trilhas de asfalto, calçamento e terra, vegetação nativa preservada do cerrado e de mata de galeria são os grandes atrativos do local. No local há também uma balança à disposição dos usuários, equipamentos de lazer, um circuito inteligente e aulas gratuitas de meditação, yoga e ginástica.
O parque funciona das 6h às 19h, diariamente. Em períodos de horário de verão, o funcionamento se estende até as 20h. "Muitas pessoas não entendem porque nós fechamos tão cedo, mas há a necessidade de preservar a nossa fauna e flora, que são nativas. Temos várias espécies de peixes, pássaros, sapos e mais de sete espécies de tartarugas", acrescenta o administrador.
"Todas as regras que adotamos, como a proibição de bicicletas, skates e patins, foram decididas em comum acordo com a comunidade que freqüenta o parque. É isso que torna o parque um modelo para o Distrito Federal", conclui Ezequias Vasconcelos.
Área
Segundo a coordenadora de Parques do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Brasília Ambiental (Ibram), Tilde Carvalho, a aplicação da nova norma está sendo colocada em pauta e uma maneira de aplicação é pensada pelos administradores do parque. "Não há como aplicar uma lei como essa no Parque da Cidade, que tem 400 hectares. A medida funciona bem no Olhos D'Água porque são 21 hectares e a comunidade acata todas as sugestões que fazem bem ao local", explica a coordenadora. Segundo dados da Ibram, não existe outra norma contra o fumo em parques no Distrito Federal.