Acusada de deixar a filha de cinco anos em um carro para ir à Parada Gay de Brasília, neste domingo (29/06), Taciana Cordeira, 30 anos, disse à polícia que não viu quando a menina entrou no carro e não sabia que ela estava lá. Autuada em flagrante por abandono de incapaz, a dona de casa foi liberada após pagar a fiança de R$ 610. A mãe afirmou ainda que jamais abandonaria a filha.
Para o delegado-chefe da 6; DP, José Adão Rezende, que colheu o depoimento, a história faz sentido. O inquérito foi encaminhado à Justiça e ela vai responder em liberdade. A mãe e a criança já estão juntas.
A menina foi encontrada sozinha pouco depois das 16h ontem, dentro de um Siena Prata que estava na porta de uma farmácia na avenida principal do Paranoá, pelo segurança Josemar Pedro Cimadan, 18 anos. Ele viu quando a mulher estacionou o carro e saiu. Uma hora depois, o alarme disparou, mas ele não viu nada por causa da película nos vidros. "Aí tocou outras duas vezes e eu cheguei mais perto e vi a menina", diz.
Segundo Josemar, a própria criança abriu a porta do carro. Ela estava chorando, muito assutada e com sede. Ele a levou para dentro da farmácia, onde recebeu alguns cuidados antes de ser encaminhada à DP.
Taciana, que mora no Itapoã, disse ao delegado que como lá não passa ônibus à noite, optou por deixar o carro na cidade vizinha. Foi para a parada gay de ônibus e quando voltou, às 22h, encontrou um aviso no carro deixado pelos funcionários da farmácia. Ela se dirigiu então à delegacia, onde foi autuada.