postado em 30/06/2008 14:00
Em um esforço para fazer valer a Lei Seca no distrito Federal, agentes fiscalizadores tiveram um final de semana agitado. Foram pelo menos 71 autuações de motoristas embriagados feitas pelo Detran e Companhia de Polícia Rodoviária. O Batalhão de Trânsito também reforçou a Operação Bafômetro, mas ainda não divulgou os dados. Só nas blitzes do Detran foram detidas 32 pessoas, de quinta-feira até a madrugada desta segunda (30/09) por uso de álcool antes de dirigir. O órgão já flagrou 64 motoristas embriagados desde que a Lei Seca entrou em vigor, no último dia 20. O gerente de fiscalização, Silvain Fonseca, classificou principalmente o sábado como tumultuado. Além dos motoristas bêbados, mais de 274 veículos foram apreendidos por irregularidades que vão desde a falta de habilitação até a realização de manobras perigosas.
Este ano já foram flagrados pelo Detran mais de 800 condutores embriagados, o que corresponde a 80% das 1.008 autuações feitas no ano passado. Para Fonseca, o aumento se deve ao empenho dos agentes fiscalizadores no Distrito Federal. A mudança da lei é apontada por ele como facilitadora do trabalho dos fiscais. "Antigamente, quando alguém se recusava a soprar bafômetro, tínhamos que encaminhar a pessoa para a delegacia. A nova legislação possibilitou um número maior de abordagens", diz.
Rodovias
Nas rodovias do DF, o Comando de Policiamento Rodoviário (CPRV) parou sete condutores com indícios de embriaguez. "Esse final de semana foi um pouco acima da média, que é de 4 no mesmo período. Mas acredito que como toda a corporação está direcionando os esforços para fazer cumprir a lei e tentar reduzir a quantidade e a gravidade dos acidentes de trânsito esse número tende a cair", diz o major Glaumer Araújo, comandante da CPRV.
Os índices dos motoristas barrados variaram de 0,35 miligramas de álccol por litro de ar expelido até 1,98 (quase sete vezes acima do permitido para não configurar crime), segundo o comandante. Ele explica que só pela constatação de haver bebido álcool, o condutor recebe uma multa de R$ 957, sete pontos na carteira além de ter a habilitação suspensa por 12 meses. Se a pessoa tiver ingerido acima de 0,3 miligramas (ou 6 decigramas), a pena prevista no artigo 306 do Código de Trânsito é de detenção de seis meses a três anos. O juiz pode ainda determinar uma multa adicional e a suspensão do direito de dirigir que varia de dois meses a cinco anos.