postado em 30/06/2008 19:56
Membros da Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) farão nesta terça-feira (01/07), às 10h, uma visita para inspecionar as condições e infra-estrutura da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), próximo ao Gama. A intenção é avaliar se há alguma irregularidade no lugar, onde, de acordo com a polícia, a índia xavante Jaiya Pewewiio Tfiruipi teria sido vítima de violências sexuais que terminaram na morte da jovem.
Caso seja descoberto algo que possa provar que o crime poderia ter sido evitado, o objetivo da OAB é enviar um relatório ao Ministério Público Federal, apontando os erros e as medidas que deverão ser tomadas. Para a presidente da instituição, Estefânia Viveiros, é grave o fato da índia ter morrido na casa mantida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), sob a tutela do Governo Federal. De acordo com Viveiros, caso as denúncias se comprovem, ficará evidente o descaso com as comunidades indígenas no Brasil.
A indígena Xavante, de 16 anos, morreu na última quarta (25/06) no Hospital Universitário de Brasília (HUB) após ter sido vítima de violência sexual. A adolescente teve o órgão genital perfurado por um objeto pontiagudo. No entanto, não se sabe quem foi o responsável pelo crime. Nesta segunda-feira, o delegado encarregado do caso, Antônio José Romeiro, descartou a hipótese da participação da tia na morte da garota. Segundo o titular da 2ª DP, ainda não há suspeitos pelo assassinato.