Cidades

Comissão de Direitos Humanos da OAB faz vistoria na Casai

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postado em 01/07/2008 12:32
Membros da Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) fizeram, nesta terça-feira (1º/07), uma visita à Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) do DF, onde a índia xavante Jaiya Pewewiio Tfiruipi, morta na última quarta-feira, teria sido vítima de violências sexuais. O grupo constatou que as condições e infra-estrutura são precárias e sugeriu a tranferência do local para um prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Sobradinho. Participaram da vistoria 10 pessoas, entre elas o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Jomar Moreno, e o presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com deficiência, Osmar Melo. Eles decidiram encaminhar dois ofícios: um ao Ministério Público Federal relatando as condições da Casai e pedindo que o MP acompanhe de perto as investigações da polícia sobre o caso; outro à Funai e à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), sugerindo que um órgão empreste o prédio ao outro. A Funasa já havia divulgado, na última segunda-feira, a mudança de lugar da Casai, que hoje está localizada às margens da BR-060 (Brasília-Goiânia), próximo ao Gama. O novo abrigo seria instalado em um hotel-fazenda no Paranoá, que está sendo adapatado para receber os índios. Para a comissão da OAB, no entanto, a melhor opção seria o prédio da Funai em Sobradinho, tanto por motivos práticos e econômicos. Primeiro, seria melhor para os ínidos porque ficariam mais próximos aos hospitais onde são atendidos. Segundo, porque sairia bem mais em conta para o governo federal. Pela chácara atual, a Funasa paga um aluguel de R$ 10.600 mensais. Pelo hotel-fazenda anunciado, a fundação passará a pagar R$ 18 mil. Em caso de empréstimo do imóvel solicitado, o órgão não precisaria pagar nada. A vistoria na Casai durou cerca de uma hora e meia. Além das más condições também foram constatadas a ausência de médicos, que comparecem uma vez ou outra, e a ausência de enfermeiros à noite. Os prédios não possuem rampas, o que dificulta a locomoção de cadeirantes. Falta ainda ambulância para fazer o transporte dos índios. O grupo pretende enviar os ofícios ainda esta semana.

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