postado em 02/07/2008 13:39
A secretaria de Segurança Pública do DF determinou a colocação de mais 100 policiais militares na região de São Sebastião, palco dos sanguinários confrontos entre gangues de adolescentes. A partir desta quarta-feira (2/07), eles reforçam a ronda nas áreas críticas da cidade, que agora reúne 250 militares. "O reforço ficará na cidade por tempo indeterminado, até que a situação se estabilize", garantiu o secretário Cândido Vargas.
Em entrevista coletiva na manhã de hoje, acompanhado do major da 17ª Companhai Independente da PM Marcos Amaro e do delegado chefe da 33ª DP (São Sebastião), André Victor Espírito Santo, o secretário fez questão de ressaltar a necessidade da presença do Estado na região. "Nós fazemos operações, mas são medidas paliativas. Contamos com o apoio do governador José Roberto Arruda para levar mais educação e infra estrutura para aquelas crianças e adolescentes. Só assim poderemos mudar a perspectiva desses adolescentes", afirmou Vargas. Ontém o governador inaugurou o primiero posto policial da região.
Só nos últimos quatro dias, quatro adolescentes morreram na região, vítmas dos conflitos entre gangues. No sábado, às 2h, em uma festa popular da cidade, um jovem conhecido como Morcegão foi baleado por três jovens que portavam um revólver calibre .32 e morreu na hora. Outras três pessoas ficaram feridas. Na mesma madrugada um amigo dele vingou a morte matando o irmão e um amigo de um dos jovens envolvidos na execução de Morcegão. Em seguida, o mesmo adolescente que matou Morcegão, e que teve o irmão morto, baleou dois indivíduos do grupo rival.
Ontem, Cássio, 16 anos, um dos pivôs de todas essas tragédias, recém saído de uma internação de 50 dias no Centro De atendimento Juvenil Especializado (Caje), foi baleado e morreu em via pública, na Avenida Comercial 621. "Apesar dos esforços da polícia, enquanto não conseguirmos manter esses adolescnetes presos, novas tragédias poderão acontecer a qualquer momento", constatou o delegado André. A matança entre jovens de São Sebastião ocorre pelo menos desde o carnaval deste ano, quando o Correio começou a noticiar as mortes em brigas de gangue.