postado em 02/07/2008 18:52
As polícias Federal e Civil trabalharão juntas para solucionar a morte da índia Jaiya Pewewiio Tfiruipe Xavante, 16 anos, mas com vertentes distintas. Os federais analisarão as circunstâncias em que ocorreu o homicídio e se houve negligência por parte de funcionários da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) do Distrito Federal. Eles também fornecerão apoio material e humano para a Polícia Civil, que continuará a investigar a autoria do crime.
O delegado de Defesa Institucional da PF, Carlos Henrique Maia, se reuniu com o delegado da 2ª DP (Asa Norte), Antônio Romeiro, para discutir os rumos das investigações na tarde de hoje. ;Seguiremos um caminho paralelo ao da Polícia Civil. Nossa idéia é fazer uma união de forças;, afirmou o delegado. ;Esperamos conseguir resultados com esse trabalho conjunto;, complementou Romeiro.
Os policiais civis ouviram pela manhã mais quatro índios na Casai, mas não conseguiram nenhuma informação relevante. ;Eles seguem com a versão de que a menina ingeriu algo que lhe fez mal e morreu por conta disso. Dizem que não viram nada e negam agressões à vítima;, detalhou Romeiro. Até o momento, a Polícia Civil já ouviu 15 depoimentos de índios, funcionários da Casai e parentes de Jaiya. A adolescente, que sofria com problemas neurológicos e motores, morreu no dia 25, após ter os órgãos sexuais perfurados por uma barra de 40cm que provocou rompimentos no estômago, baço e diafragma.