postado em 09/07/2008 09:28
O homem acusado de ter matado a companheira com 32 facadas no último domingo (06/07) se entregou por volta das 21h desta terça-feira na 27ª Delegacia de Polícia (DP), no Recanto das Emas. Carlos José Caitano de Souza, 28 anos, confessou ter esfaqueado Drielle Ferreira dos Santos, 20 anos, no Setor Habitacional Cinco Estrelas, Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia, depois de fumar um cigarro de maconha, cheirar cocaína e beber cachaça. Ele disse que agiu por ciúme da mulher.
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O delegado-chefe da 19ª DP, responsável pelo caso, Raimundo Vanderly Alves de Melo, alega que de acordo com os depoimentos das testemunhas e do autor, Carlos José passou em um bar depois do trabalho, onde alguns amigos o irritaram com comentários sobre sua mulher. ;Eles falaram que a vítima ficava em casa aprontando enquanto ele saia para trabalhar e era bom ele ficar de olho;, diz o delegado.
O acusado teria voltado para casa transtornado e discutido com Drielle. Com uma faca de cozinha e uma peixeira, aplicou cerca de 32 facadas no braço direito, no tórax e, principalmente, nas costas da mulher. ;Eu estava bebendo em um bar, voltei para casa, discuti com ela porque estava bêbado e drogado e deu no que deu;, conta Carlos José.
Logo após o crime, o acusado teria ido para a casa de sua mãe, Elza de Souza Moura, 68 anos, dizendo que havia feito uma besteira. ;Quando ele me contou, não acreditei, mesmo porque as roupas dele estavam limpas. Ele tomou um banho, pegou outras roupas e foi embora;, relembra Elza.
A polícia pediu a prisão preventiva de Carlos José pelo crime de homicídio qualificado. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão. Já havia um mandado de prisão por roubo contra ele. A pena para este crime varia de quatro a 10 anos de prisão. Carlos José tem também passagem na polícia por tráfico de drogas. No fim da tarde desta quarta-feira, ele deve ser encaminhado ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).
O acusado e a vítima viviam juntos há sete anos e tinham três filhos. O mais velho, de 4 anos, está com a mãe de Carlos José. O menino de dois anos e a menina de seis meses, que estavam em casa na hora do crime, estão com os pais de Drielle.