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Pesque-e-pague do Parque é denunciado por furto de R$ 500 mil em água

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postado em 09/07/2008 20:36
;O Pesque-e-pague do Parque da Cidade foi denunciado pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram) por furto de água de um lago de propriedade pública. A estimativa é que cerca de R$ 500 mil em água tenham sido desviados. "Abrimos uma sindicância depois de verificar que os níveis de água do local dependiam do lago vizinho. Como precisamos secá-lo para uma reforma, verificamos que, de fato, é isso que acontece, já que o nível de água baixou no outro também", afirmou a administradora do Parque da Cidade, Joseni Ferreira. No contrato, assinado há seis meses entre a permissionária e o parque, o local deveria funcionar como restaurante e pesque-e-pague, mas desde ainda não foi reaberto. Segundo Érico Irala, responsável pelo estabelecimento, a justificativa para a não abertura seria falta de água no lago. "Pôr água no lago não é nossa responsabilidade", afirma. Contudo, entre as cláusulas que regem o acordo, está uma que diz que o estabelecimento deve arcar com todas as despesas de água e de outros serviços. Para Maria Augusta Carneiro Irala, gerente do estabelecimento, isso significa custo da água que atende ao restaurante, e não a água do lago. "Se põe água no lago de cima, enche o meu lago também", relata a gerente, mãe do permissionário. "Isso é assim desde que chegamos aqui", ressalta. A delegada da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Marta Vargas, explica que não foi possível julgar a veracidade da denúncia já que ambos os lagos estavam com níveis muito baixos e a perícia não conseguiu confirmar o fluxo entre eles. O laudo pericial sairá em até 15 dias e só então será possível instaurar o inquérito. "Sabemos que o registro de água do local está desativado desde 2006. Então, como é que esse lago enche?", questiona a delegada. "A água não tem como vir de outro lugar", constata. Caso o crime seja comprovado, o permissionário responderá por furto de água e pode pegar pena de 1 a 5 anos de reclusão. O estabelecimento já foi notificado pelo Ibram e, depois do inquérito, poderá ter de ressarcir o prejuízo de R$ 500 mil aos cofres públicos.

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