postado em 10/07/2008 15:50
Peritos do Instituto de Criminalística de Goiás fazem, na tarde desta quinta-feira (31/07), vistoria no apartamento onde a inglesa Cara Marie Burg, 17 anos, foi morta e esquartejada. O crime ocorreu na noite do último domingo no Edifício Marconi, no Setor Universitário, em Goiânia.
O suposto assassino, Mohamed Ali Carvalho dos Santos, 20 anos, foi preso na madrugada de hoje. Em depoimento à polícia, ele disse que matou a jovem porque ela o contar à família e à polícia que ele era usuário e traficante de cocaína. Ele também não teria gostado do fato de Marie estar com viagem marcada para a Inglaterra. Ela deveria ter embarcado no último dia 23, mas sofreu um acidente de moto, fraturou um dos pulsos e teve escoriações, o que atrasou a partida. Ela teria dito que ia contar para mãe de Mohamed, que mora em Londres, sobre o envolvimento do rapaz com drogas.
Amigos da adolescente disseram que os dois não eram namorados, como foi informado pela polícia inicialmente. Mas, para o titular da Delegacia de Homicídios de Goiânia, Jorge Moreira, eles tinham, no mínimo, um envolvimento muito íntimo. "Se ele não tivesse alguma relação além de amizade, por que se doeria tanto com o fato dela voltar para o país de origem?", questiona o delegado, que identificou no depoimento do rapaz indícios de passionalidade.
De acordo com o comandante da Rotam (tropa de elite da PM goiana) Major Cláudio, responsável pela prisão do rapaz, ele confessou o crime e demonstrou frieza ao relatar os detalhes. O tórax de Marie foi encontrado pela polícia dentro de uma mala, na última segunda-feira, às margens do Rio Meia Ponte em Goiânia. A cabeça, braços e pernas da vítima ainda não foram localizados, mas ele disse que os membros foram jogados próximos a cidade de Bonfinópolis.
Homens do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar estão trabalhando nas imediações do local descrito, mas até agora nada foi encontrado. Também está sendo investigada a participação de um amigo de Mohamed, conhecido como Jorginho, na ocultação do cadáver. O carro dele, um monza, teria sido usado para transportar partes do corpo da garota.
Identificação
A família da inglesa a identificou na noite de quarta-feira (30/07), quando a notícia de que a Polícia Civil de Goiás investigava quem era a jovem esquartejada, foi veiculada na Rede Record internacional. Segundo informações preliminares da Polícia Civil, a mãe da jovem identificou o corpo através de uma tatuagem mostrada.
A mulher entrou em contato com o delegado Carlos Raimundo Lucas Batista, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia, através da Embaixada da Inglaterra no Brasil, e passou informações a respeito da filha.