Cidades

Testemunhas afirmam que bombeiro já havia ameaçado matar Josiene Carvalho

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postado em 16/07/2008 18:59
Segundo quatro testemunhas de acusação ouvidas na tarde desta quarta-feira (16/07) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), o bombeiro Antônio Glauber Evaristo Melo, 41 anos, tinha um relacionamento conturbado com a professora Josiene Azevedo de Carvalho Pimentel, 35. Ele matou a mulher na noite de 26 de junho com um tiro na cabeça, após ela terminar o namoro de quatro anos e meio. O juiz Francisco Marques Batista tomou o depoimento do irmão e do padrasto da vítima e de duas amigas dela. A família revelou que Josiene queria terminar com o namoro desde 2006, mas que Antônio a impedia com ameaças. Ele andava armado e tinha o costume de dizer que o revólver era o amigo que estava sempre em sua companhia. O bombeiro ainda chegou a pedir à família da vítima que intercedesse em seu favor para que Josiene não terminasse o namoro. Uma amiga da professora revelou ainda ter visto Antônio uma semana antes do crime em uma boate acompanhado de outra mulher. A próxima audiência, com testemunhas de defesa, está marcada para o próximo dia 28. Histórico O crime aconteceu no 26 de junho. Antônio teria chamado Josiene para jantar em um restaurante mexicano, na 215 Sul. Por volta das 19h30, ele buscou a vítima em sua residência na Quadra 7 da Octogonal. Após o jantar, os dois seguiram para a casa de Josiane. Antônio parou o carro, um Golf placa JFS 2224-DF, no estacionamento em frente ao bloco da mulher e pediu para retornar o namoro. Diante da recusa da ex-namorada, o bombeiro que estava de folga, atirou em Josiene. Em seguida, Antônio foi até a 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) e confessou ter matado a ex-namorada. Após prestar depoimento, ele assinou um auto de apresentação espontânea e foi encaminhado para um quartel do Corpo de Bombeiros. Logo depois seguiu para uma clínica de recuperação, onde ficou alguns dias antes de voltar para o quartel. Segundo familiares da vítima, Antônio Glauber vivia ameaçando de morte a professora. O acusado foi indiciado por homicídio duplamente qualificado ; 12 a 30 anos de prisão ; e ainda poderá ser expulso da corporação. Josiane deixou dois filhos ; uma menina de cinco anos e um menino de 9. O bombeiro também é pai de duas meninas: uma de 16 e outra de 6 anos.

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