Há mais de um mês a Vigilância Ambiental do Distrito Federal visita as casas do Lago Norte para detectar a presença do mosquito transmissor da leishmaniose na região. Até o momento, foram coletadas amostras de sangue de um mil cães, destes 327 foram contaminados pelo parasita leishmania. Também foi encontrado o vetor na área. A Vigilância já visitou as QL e QI de 1 a 16. Estima-se que existam cerca de cinco mil animais no Lago Norte.
Para o subsecretário de Vigilância Ambiental, Joaquim Barros Neto, o número é preocupante. ;O mosquito foi encontrado em todo o Lago Norte. Temos o vetor em 30% dos cães. Acreditamos também que existam mais cães contaminados;, afirma. O órgão pretende terminar a operação em uma semana. O sangue coletado é encaminhado ao laboratório da Zoonose. Os agentes realizam também um trabalho de orientação e prevenção.
O subsecretário ainda afirmou que não há confirmação de contaminação em humanos. A leishmaniose é transmitida aos animais por meio da picada do parasita transmissor leishmania, que invade os órgãos dos cachorros provocando graves lesões, até provocar a morte do animal. Os sintomas são variados. Podem aparecer lesões na pele, nas articulações e, quando a doença está muito avançada, problemas renais. ;Todos os mosquitos que picam o animal são contaminados e ao picarem o homem transmitem a doença;, afirma Joaquim Neto.
No entanto, no homem. a Leishmaniose tem cura. Já os animais têm que ser sacrificados. "De acordo com a organização mundial de aspectos sanitários o certo é injetar uma substância letal nos animais;, esclarece o subsecretário. Ele disse ainda que não houve resistência durante as visitações. ;Agora, vamos ver a reação em caso de animais que precisarem ser sacrficados. Quem resistir estará colocando em risco a vida coletiva;, conta. Os donos dos cachorros não são obrigados a permitir o sacrifício dos bichos.
Prevenção
O habitat do mosquito é a área rural. Eles costumam ficar em lugares umidos, escuros e de matas. A Vigilância Ambiental solicitou à Adminsitração do Lago Norte que faça uma limpeza na cidade ;é preciso intensificar a coleta de lixo, principalmente em lugares próximos a córregos e matas e acabar com os entulhos;, determina.
Segundo a assessoria de imprensa da administração algumas áreas já foram limpas, como o Centro de Atividades 3, QL 7/9, QI 16, QL 16, QL 4, Ql 16. Alguns terrenos baldios estavam virando aterro sanitário dos moradores. Este ano, a adminsitração foi notificada pelo Instituto Ambiental de Brasília (Ibram) pela quantidade de lixos e entulhos despejados nas ruas da cidade.