postado em 18/07/2008 08:30
Depois de passar 48 dias em greve ; 27 deles após a lei de tolerância zero à combinação álcool e direção entrar em vigor ;, a equipe da PolÃcia Rodoviária Federal (PRF) volta nesta sexta-feira (18/07) à s estradas. A prioridade será fiscalizar o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas de caminhões e de ônibus. ;Sabemos que muitos bebem cerveja ou cachaça nos intervalos das refeições;, afirmou o chefe substituto do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da PRF, Laerte MaurÃcio da Silva.
Os policiais rodoviários esperam realizar os flagrantes durante blitzes diárias, feitas de surpresa nas nove rodovias que cortam o Distrito Federal. Em princÃpio, será uma BR por dia. Mas a estratégia pode ser revista de acordo com o número de condutores alcoolizados abordados. ;Também vamos fiscalizar outros delitos de trânsito e crimes como tráfico de drogas e contrabando;, comentou o inspetor Laerte Silva. Uma ação educativa está marcada para as 11h de domingo (20/07), no posto da PRF na BR-040, onde haverá estandes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal e do Exército. Cerca de mil motociclistas participarão de um passeio pela rodovia.
No perÃodo em que os agentes da PRF estiveram paralisados, exigindo melhor remuneração, 12 pessoas perderam a vida em nove acidentes registrados nas rodovias federais que cruzam o Distrito Federal. Em entrevista ao Correio, o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do DF, inspetor José Nivaldino Rodrigues, admitiu que a ausência de fiscalização pode ter contribuÃdo para a ocorrência de tragédias. ;A greve pode até ter contribuÃdo, mas a responsabilidade se dá em um contexto mais amplo. Tem que se levar em conta também que os perÃodos analisados são posteriores ao inÃcio do nosso movimento;, completou.
Tragédias
Um dos desafios da PRF será fiscalizar com rigor os 900km de rodovias federais que cortam o DF. A unidade de BrasÃlia conta com 132 agentes ; divididos em turnos de 24 horas de trabalho por 72 horas de folga;, 10 carros e cinco bafômetros. A estrutura é inversamente proporcional aos problemas. Para o inspetor Laerte Silva, seriam necessários uma equipe quatro vezes maior e pelo menos um bafômetro por carro. Uma licitação realizada em Minas Gerais pode dar um pouco mais de fôlego à corporação, com a compra dos cinco bafômetros adicionais com que sonha o inspetor.
;Temos um problema maior aqui que em outras cidades. Nossas rodovias são praticamente urbanas e a circulação de veÃculos é muito grande;, disse Laerte. Talvez por isso, os acidentes nas rodovias federais da região têm sido mais graves do que os registrados em vias urbanas. A média é de uma morte por ocorrência na cidade e de 1,2 por acidente em estrada.
Ouça o chefe de Policiamento e Fiscalização, Laerte MaurÃcio da Silva, sobre a fiscalização da lei seca na estradas federais do DF: