Cidades

Militares simulam resgate a vítimas de acidentes

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postado em 19/07/2008 18:07

Existem 27 quartéis do Corpo de Bombeiros prontos para atender ocorrências de trânsito no Distrito Federal. Quando alguém liga para o 193 pedindo socorro, as informações são repassadas de uma central para o quartel mais próximo do acidente. Então, toca a sirene e os militares correm para o local para aplicar técnicas treinadas ao extremo.

O Correio acompanhou uma simulação de atendimento feita neste sábado (19/07) no 2; Batalhão de Combate a Incêndios de Taguatinga. Uma colisão com vítimas mobiliza nove militares em três viaturas. "Vão em conjunto a viatura de salvamento e resgate, a ambulância e o veículo de combate ao fogo", explica o chefe da comunicação social da corporação, Tenente Coronel Maciel Nogueira.

Uma vez no local do acidente, a equipe trabalha coordenada para salvar a vida das vítimas. "Os militares de combate ao fogo, por exemplo, abrem o capô do carro e monitoram a possibilidade de incêndio enquanto a equipe de salvamento tenta tirar as vítimas das ferragens", narra Nogueira. Equipamentos como uma tesoura hidráulica são usados nesse momento.


Investimento

A ação dos bombeiros tem um custo alto para os cofres públicos. Em uma ocorrência em que três viaturas são acionadas o gasto gira em torno de R$ 1,3 mil. "Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e foram calculados em São Paulo em 2003, mas não há muita variação", afirma Nogueira.

E a conta não é só essa. Uma vítima de acidente leve que é atendida no hospital mas não é internada custa R$ 493 segundo o levantamento. "Com internação esse número pula para R$ 814", informa Nogueira. Se o acidente for grave e a vítima ficar internada o gasto é de R$ 92 mil, em média. "E caso o acidentado tenha trauma na medula e trate no sistema público por 18 meses o custo é de R$ 56 mil a mais", conta o bombeiro.

Os gastos apresentados excluem ainda a atuação da Polícia Militar e do Detran no local do acidente. "Sem falar em valores incalculáveis como as perdas familiares e sociais. Um acidentado passa um tempo sem trabalhar e dependendo da ajuda dos parentes. Isso quando a vítima não morre", avalia Nogueira.


Orientação

O bombeiro lembra ainda que quem presencia um acidente deve pedir socorro e evitar mexer na vítima. "As estatísticas mostram que quando é o bombeiro que realiza o socorro o risco de lesão na coluna é pelo menos cinco vezes menor", relata. "Além disso há o perigo de contágio com doenças. Nós usamos luvas, mas uma gota de saliva já é suficiente para o contágio de hepatite", conclui.

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