Cidades

Justiça proíbe acesso de ex-reitor à rede de dados

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postado em 23/07/2008 09:13
A Justiça proibiu o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) Timothy Mulholland, o ex-diretor da Editora UnB Alexandre Lima e dois ex-funcionários da editora, Elenilde Maria Duarte e Cláudio Morais Machado, de ter acesso a computadores e arquivos da reitoria e da editora de livros. O juiz da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, Airton de Aguiar Portela, acatou o pedido de procuradores dos ministérios públicos Federal (MPF) e do Distrito Federal (MPDF), que denunciaram indícios de destruição de provas contra o quarteto. Eles são acusados de formação de quadrilha e peculato ; crime praticado por funcionário contra a administração pública ; em convênios firmados entre a Fundação Universidade de Brasília (FUB) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Proferida em 2 de julho, a decisão judicial chegou à reitoria da universidade ontem. Na prática, a medida significa o bloqueio total do acesso a máquinas e documentos da reitoria e da Editora UnB pelos quatro envolvidos em uma série de escândalos que resultou na saída do então reitor Timothy, em abril último. Apesar de ainda constarem como funcionários da instituição, os quatro acusados estão impedidos de intervir ; pessoalmente ou via rede de computadores ; nos arquivos usados na investigação dos desvios de conduta na administração dos R$ 67 milhões repassados à UnB e às duas fundações. A assessoria de comunicação da universidade informou que já determinou ao CPD ; centro de informática ; que tome as medidas para proteger o sistema contra uma ação dos suspeitos. As denúncias do MPF e do MPDF dizem respeito aos desvios de finalidade em dois convênios celebrados em 2004, destinados à prestação de serviços de saúde a comunidades indígenas de Roraima e Mato Grosso. Por sua vez, a UnB contratou a Fundação Universitária de Brasília (Fubra) e a Funsaúde para executar as atividades, sem licitação. Segundo os promotores da República no DF Raquel Branquinho e Rômulo Moreira, o esquema ilegal funcionava por meio do recolhimento de uma suposta taxa administrativa pelas fundações de apoio. Na denúncia consta que cerca de 2,5% do total repassado às instituições terceirizadas eram livremente movimentados por Alexandre Lima. ;Quem coordenava o desvio era ele (Lima), sob a tutela do ex-reitor (Timothy);, afirmou Raquel.

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