Cidades

Sintrafe apresenta hoje documentos para liberar empréstimo do BRB

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postado em 24/07/2008 08:03

O Banco de Brasília vai financiar os R$ 19 milhões que o Sindicato dos Permissionários do Sistema de Transporte Público Alternativo (Sintrafe) deve ao Governo do Distrito Federal (GDF). O valor deveria ter sido pago em março, quando uma cooperativa mantida pela entidade adquiriu o direito de explorar dois lotes de 40 ônibus em licitação do governo local. A habilitação para poder ofertar o melhor preço pelas licenças não incluía garantia de pagamento do lance, mas a apresentação dos ônibus necessários para atender as linhas. A direção do banco apenas aguarda que seja apresentada a documentação da cooperativa e o cadastro de seus associados para decidir como será feita a liberação dos recursos. A direção do sindicato informou que deve atender as exigências burocráticas do banco ainda nesta quinta-feira (24/07).

O Sintrafe também vai participar da licitação dos 160 microônibus da frota que substituirá as vans operadas pelo Sistema de Transporte Público Alternativo (STPA) do DF. O edital deve ser publicado dentro de dois meses.


Eles querem mais licenças
Inicialmente, o GDF apenas substituiria os 100 vencedores da primeira licitação que apresentaram problemas na documentação. Em reunião entre o chefe da Casa Civil do governo, José Geraldo Maciel, e o Sintrafe, ficou decidido o acréscimo de 60 microônibus. O presidente do sindicato comemorou o resultado das negociações. ;O GDF abriu as portas;, disse Fontedejan Santana. Ele disse que vai reivindicar um novo aumento no total de licenças. ;Se conseguirmos 250 microônibus, 2 mil pessoas podem recuperar o emprego.; Com as licenças para explorar os ônibus e as demais que pretende arrematar, o Sintrafe quer diminuir o impacto que a proibição de circulação das vans vai causar na categoria. A estimativa é que a medida tire o emprego de 3,5 mil pessoas, entre motoristas e cobradores das vans.

Substituição
A partir do próximo sábado, nenhuma van poderá circular no DF conforme portaria que a Secretaria de Transportes publicou em junho. O argumento do GDF para o fim do transporte alternativo é que o STPA não passou por licitação, ao contrário do novo sistema. O sindicato tentou derrubar a determinação do GDF no Tribunal de Justiça. Mas o Conselho Especial do TJ, formado pelo conjunto dos desembargadores, confirmou a legalidade da portaria na terça-feira. Os motoristas que insistirem em rodar com as vans terão o veículo apreendido e pagarão multa de até R$ 5 mil.

As negociações com o governo aconteceram depois do protesto dos donos, motoristas e cobradores de vans, na última sexta-feira. Mais de 300 veículos passaram o dia estacionados em frente à residência oficial do governador José Roberto Arruda, em Águas Claras. Um trio elétrico chegou a ocupar uma das faixas da Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG). Quem não cumpriu a determinação sofreu forte repressão do sindicato. Ainda assim, apenas metade dos 657 permissionários levou seus veículos até a margem da EPTG, sentido Plano Piloto/Taguatinga. Uma comissão se reuniu com representantes do governo e ficou acertado que os permissionários participarão do serviço de microônibus. As vans não rodaram no dia da manifestação seguindo determinação do Sintrafe. Motoristas e cobradores voltaram ao trabalho depois que o governador Arruda prometeu buscar opções para que as pessoas empregadas no sistema não fiquem sem fonte de renda.

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