Cidades

Pesquisa revela presença de álcool na maioria das mortes no trânsito do DF

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postado em 06/08/2008 19:51

Uma pesquisa divulgada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), de São Paulo, constatou que o álcool e a imprudência são as causas responsáveis por cerca de 70% das mortes no trânsito do Distrito Federal. Quase 60% das pessoas que morreram em capotagens de veículos, por exemplo, estavam embriagadas. Segundo o estudo do Cisa, esses casos ocupam o segundo lugar nas estatísticas do DF, perdendo apenas para os homicídios.

No caso de colisões de veículos com mortes, 44,2% das vítimas apresentaram concentração de álcool acima de 0,6 gramas por litro de sangue, o limite permitido na época. Já nos casos de atropelamentos fatais, a pesquisa apontou a presença de álcool no sangue em 32,5% das vítimas. Embora a menor concentração tenha sido verificada nos casos de atropelamento, a quantidade consumida por estas vítimas foi muito maior: 2,46 gramas por litro contra 1,81 gramas por litro, no caso das mortes em colisões de carros.

;Pela porcentagem nos estudos é como se tivesse um número menor de pessoas atropeladas em relação ao álcool, porém as que foram atropeladas consumiram uma quantidade bem maior do que as que morreram em outros tipos de acidentea;, explica o pesquisador da CISA, Julio Ponce.

A pesquisa avaliou 238 das 442 vítimas fatais em acidentes de trânsito que deram entrada no Instituto de Medicina Legal (IML) do DF em 2005. Destas, 102 apresentaram concentração de álcool acima de 0,6 gramas. O estudo foi realizado pela Revista Saúde Pública em 2005 ; antes da lei seca - mas os dados só foram divulgados no início deste ano. ;Se fossemos levar em conta a lei seca, hoje este número com certeza seria bem maior;, afirma Ponce.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2005, 657 pessoas morreram vítimas de homicídio e 532 em acidentes de trânsito no Distrito Federal. ;Já percebemos o reflexo da lei seca na diminuição dos atendimentos em hospitais com vítimas de trânsito;, diz o pesquisador.

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