Entre 29 de agosto e 7 de setembro a população do Distrito Federal poderá visitar um dos 101 estandes da 27; Feira do Livro de Brasília. O evento acontecerá no térreo do shopping Pátio Brasil, de segunda a sábado das 9h às 22h e aos domingos das 10h às 22h. A entrada é franca.
A expectativa do presidente da Câmara do Livro do DF, Walter Silva, é de que o número de visitantes este ano ultrapasse os 530 mil do ano passado. ;Temos observado que o público cresce de ano a ano, então acredito que desta vez não vai ser diferente. Com as novidades o público só tende a aumentar;, afirma.
Embora positivo, Silva conta que até o momento a Secretaria de Cultura não liberou os R$ 700 mil para a realização do evento. ;Todo ano é a mesma história, a verba é liberada em cima da hora. Nossa preocupação é grande porque estamos trazendo escritores de outros países;, diz. Segundo ele, a Secretaria de Cultura alega que a liberação depende apenas da autorização do governador José Roberto Arruda.
Atrações
A programação deste ano terá um charme especial. Serão oferecidas ao público opções de debates e exposições com abordagem literária, artística (teatro, música e audiovisual), educativa, especial (onde médicos escritores irão abordar temas sobre a qualidade de vida) e mais os estandes de livros. O público poderá participar das mini-conferências temáticas. A cada dia será realizado um debate sobre acontecimentos que marcaram 2008 como, por exemplo, o ano de Machado de Assis e o ano internacional do planeta Terra.
Escritores como Laurentino Gomes, autor de 1808 - O ano que definiu o Brasil -, Fernando Moraes ; que escreveu a biografia de Assis Chateubriand, fundador dos Diários Associados, e Paulo Coelho - e o jornalista Sérgio Cabral também participarão da programação. Além dos brasileiros, foram convidados escritores da Argentina, Portugal e Alemanha. Segundo a Câmara do Livro do DF, organizadora da Feira, a idéia é internacionalizar o evento.
Homenagem
O poeta amazonense Thiago Mello, 82 anos, será o homenageado da Feira do Livro 2008. Melo é hoje uma das vozes mais ativas em defesa da floresta Amazônia e dos direitos humanos. Sua luta lhe rendeu tempos difíceis, como quando foi perseguido pela ditadura militar de 1964. O regime o fez exilar-se no Chile até 1973.
Entre os textos mais famosos de Melo destacam-se Silêncio e Palavra (1951), A Lenda da Rosa (1956), a Canção do Amor Armado e Estatutos do Homem.