postado em 15/08/2008 08:07
Reforço no policiamento, criação de conselho de segurança e mais participação da comunidade no cotidiano escolar. Uma reunião realizada nessa quinta-feira (14/08) no Centro de Ensino Fundamental Professor Carlos Ramos Mota, antigo CEF 4, definiu o pacote de medidas para combater a violência e diminuir a insegurança no colégio do Lago Oeste. As ações tranqüilizaram a professora Márcia Brants, que assumiu a direção da escola em meio a ameaças de morte. ;Estou otimista e mais tranqüila depois das mudanças. Temos de procurar todas as alternativas para vencer isso;, afirmou.
O encontro contou com a participação de representantes das secretarias de Educação e de Segurança Pública, da Polícia Civil e do Batalhão Escolar, além da especialista em educação Miriam Abramovay. Após duas horas e meia de debates, ficaram definidas as medidas para reduzir a insegurança no centro de ensino. Entre elas, o reforço policial em três turnos, a aplicação de programas educativos como Picasso Não Pichava e Esporte à Meia-Noite e a criação do Conselho de Segurança Escolar para pais, professores e servidores da instituição.
A pesquisadora Miriam Abramovay, da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), iniciará trabalho especial para identificar a origem da violência na escola. Ela prepara, em parceria com a Secretaria de Educação, diagnóstico sobre os colégios do DF. Para o coordenador do Plano de Convivência Escolar da Secretaria de Educação, Mauro Gleisson, as ações reduzirão a necessidade da presença da polícia. ;Temos de trabalhar na linha de transformar o luto em luta;, avaliou. O medo se instalou no colégio após o assassinato do então diretor, professor Carlos Mota, em 20 de junho.