Cidades

Manilha de concreto atinge criança de sete anos na escola

;

postado em 15/08/2008 17:19
Obra finalizada, entulho não recolhido. Essa foi a causa do acidente da manhã desta sexta-feira na Escola Classe 08 na Área Octogona Sul 7. Uma manilha de concreto que estava parada próximo à área do parquinho rolou e atingiu a cabeça do menino Paulo Henrique, de 7 anos. O acidente ocorreu por volta das 11h quando a turma estava no horário de recreação. No momento nenhum adulto orientava as brincadeiras das crianças. Os primeiros a prestar socorro foram os próprios colegas, como contou Paulo Henrique ao pai. A criança desamaiou no momento da batida. O corpo de bombeiros foi acionado e a criança acompanhada da diretora foi levada para o Hospital de Base. Os pais só encontraram com o garoto na sala de emergência, quando descobriram que o tomógrafo estava quebrado. De lá, a família optou por transferir o garoto para uma instituição particular. "Eu não entendi ainda o que aconteceu, mas pelo que ele disse estavam todos brincando com a manilha", contou Jessé Rodrigues, pai do menino. Paulo Henrique passa bem, mas está em observação no hospital. O garoto ficou com marcas roxas no rosto e sofreu traumatismo craniano leve. Uma pequena fissura atrás da orelha da criança preocupa os médicos. "Criança não pode ficar sozinha, não tinha ninguém observando a turma", desabafou Andréia Matos, mãe de Paulo. A escola participa do projeto de inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais, mas as falhas estruturais preocupam. "Foi uma fatalidade, mas é preciso prevenir sempre", falou a mãe sobre o os proplemas de infra-estrutura da escola do filho. Negligência A obra da rede de esgoto foi realizada pela Secretaria de Educação no mês de junho e até a tarde de ontem o material não utilizado permanecia no pátio da escola. Segundo a diretora, Adriana Pereira, memorandos foram enviados e ligações feitas à regional pedindo a retirada do entulho. Por meio da assessoria, a Secretaria afirmou não ter registro de nenhum memorando. No fim da tarde, a empresa Infrajet, contratada para a obra, foi recolher brita e areia na escola. A manilha ficou no local para que os trabalhos da perícia sejam concluídos. Além das investigações, a Polícia Civil está arcando com os custos do tratamento de Paulo Henrique. Além da manilha abandonada a escola tem algumas das grelhas de esgoto quebradas que oferecem riso às crianças. "Já ligamos e a Secretaria diz que não tem peças para repor", afirmou a diretora.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação