postado em 15/08/2008 20:23
O juiz da 2º Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal indeferiu, nesta sexta-feira (15/08), o pedido de liminar para permitir que o Le Cirque volte a funcionar. Com a decisão o circo continua fechado, já que o alvará que permitia seu funcionamento foi revogado no último dia 8. O advogado da empresa que administra o circo, Luiz Saboia, informou que entrará ainda neste sábado com um novo pedido no Tribunal de Justiça. ;Eu acredito que nós obteremos sucesso na instância superior;, informou Saboia.
Antes da decisão sobre o funcionamento do circo, ambientalistas e membros do Le Cirque se confrontaram durante uma manifestação organizada pelo circo na Esplanada dos Ministérios. A passeata foi um protesto contra ;a perseguição que o Le Cirque vem sofrendo por parte do Ibama e o descumprimento das decisões judiciais;, argumentou Saboia. Segundo o advogado três decisões de juízes diferentes reconhecem a inexistência de maus-tratos contra os bichos, mas mesmo assim o empreendimento continua sem poder funcionar.
O Le Cirque levou para o gramado em frente Congresso Nacional dois caminhões, bailarinas, palhaços, outros artistas e um elefante. Quando estavam retornando para a área onde o circo está instalado, em frente ao Estádio Mane Garrincha, aproximadamente 20 estudantes e ambientalistas ligados ao Grupo Madu iniciaram um protesto contra a decisão que devolveu os animais aos antigos donos. Muitos dos manifestantes entraram na frente dos caminhões que levavam animais e artistas e tiveram que ser retirados por policiais que acompanhavam o protesto.
Depois da confusão o advogado Marcelo Moura, do Grupo Madu, criticou o tratamento dado ao elefante. Segundo ele o animal estava em um caminhão que não permitia seus movimentos normais. ;É a maior definição de maus-tratos que pode ter e os donos do circo não cuidaram nem da segurança do animal nem da população, nada impediria que o elefante saísse do caminhão e machucasse alguém;, argumentou Moura.
No sábado, às 14h, membros da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, na sigla em inglês), Grupo Madu e ProAnima farão uma nova manifestação em frente às instalações do circo. Os participantes farão um protesto contra a condição dos animais que vivem no local.