postado em 27/08/2008 12:01
Seis pessoas de uma quadrilha que roubava e adulterava carros foram presas nesta quarta-feira (27/08) no Distrito Federal. Desde maio a Operação Fronteira, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), investigava o grupo, que roubava carros no DF e no Entorno e vendia os automóveis para seis estados - Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, São Paulo e Goiás.
A polícia começou a investigar a quadrilha quando Alexandre Francisco Dourado foi preso pelo roubo de um carro em maio. Ele estava com os contatos de Natalino Ferreira Bastos, conhecido como Natal, que era o líder do grupo e já tinha quatro passagens pela DRFV. Em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, a delegacia seguiu os passos dele e dos outros acusados até deflagrar a operação no início desta manhã.
A quadrilha trabalhava com encomendas. Receptores de outros estados pediam um carro, Natal entrava em contato com um intermediário e ele falava com assaltantes, que roubavam o veículo. Natal fazia toda a adulteração: no número do chassi e no do motor, no Documento Único de Transferência (DUT) e no Certificado de Registro de Veículo (CRV). A quadrilha comprava os carros por um preço que variava entre R$ 1 mil e R$ 3 mil e os revendia por R$ 10 mil a R$ 12 mil.
Além de Natal, foram presos hoje sua mulher Claudete Mendes, Marcelo Jesus Pinto, Moisés Antônio Dourado, Shirleon Barbosa Guimarães e Ronilson Tomás de Moura. A sede do grupo ficava na chácara da Cidade Ocidental onde o líder, que é cadeirante, morava. Quatro pessoas foram presas lá, uma em Santa Maria e uma em Ceilândia. Junto com os seis acusados presos nesta manhã, estavam quatro carros, que passaram por perícia para identificar sua origem. Desde maio os policiais viram a venda de 11 veículos, que já foram identificados e devolvidos aos donos. Foram encontrados também documentos e dinheiro falso com o grupo.
Seis receptadores dos estados que recebiam os carros já haviam sido presos pela polícia, que agora procura outros dois. As seis pessoas detidas nesta quarta-feira estão na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) à disposição da Justiça. Eles responderão por roubo, furto, formação de quadrilha e falsificação de documentos.