postado em 29/08/2008 21:42
Os portões da Feira do Livro, realizada na área externa do Pátio Brasil Shopping, abriram às 15h, mas somente às 19h30 o presidente da Câmara do Livro do Distrito Federal (CLDF), Valter Silva, subiu ao palco do auditório para inaugurar oficialmente o evento. O público esperava pelo poeta amazonense Thiago de Mello, homenageado da feira este ano, mas o escritor não compareceu. Sinusite e muita febre impediram que o poeta, hospedado em um hotel ao lado do shopping, participasse da abertura. Aos 80 anos, Mello concebeu o ABC da floresta, cartilha que celebra o amor à natureza e será distribuída às crianças durante os 10 dias de feira.
A solenidade contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, o secretário-adjunto de Cultura do Distrito Federal, Beto Salles, e a nova patronesse da feira, a escritora Stella Rodopoulos. Após apresentação do teatro de bonecos Mamulengo e Presepada, Silva falou sobre as dificuldades de realizar o evento este ano e aproveitou para alfinetar o Governo do Distrito Federal (GDF). "Se o governo vai colocar a Feira do Livro como patrimônio cultural da cidade, espero que a trate como patrimônio porque o que tenho visto por aí é um patrimônio jogado", lamentou. "Ponte e viaduto são importantes mas não levam a lugar nenhum. A única ponte que leva a algum lugar é a educação e o livro é instrumento fundamental".
A Feira do Livro segue até 7 de setembro e reúne 101 expositores. Com o tema Palavras mudam o mundo e orçamento de R$ 1,2 milhão, a CLDF, organizadora do evento, espera receber 500 mil pessoas. Encontro com autores, oficinas literárias para crianças e debates fazem parte da programação.
Leia sobre a programação de sábado no Caderno C, na edição impressa do Correio Braziliense