Cidades

Diretores admitem ocorrências de brigas em escolas

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postado em 02/09/2008 08:39
Diretores de escolas envolvidas nas rixas da Asa Sul reconhecem que os problema com brigas são constantes. Eles alegam que a grande dificuldade é controlar o que a garotada faz quando não está em sala de aula. ;Não posso garantir a segurança do aluno fora da escola;, comentou a diretora do CEF 3 (103 Sul), Sheila Santana. ;Quando o assunto de brigas chega à direção, a história já estourou;, completou o diretor do CEF 2, Valney Marcos de Oliveira. Sheila assumiu o cargo em junho do ano passado. Desde então, quando algum dos 500 estudantes chega à sala dela para contar que está sofrendo ameaças, ela aciona o Batalhão Escolar: ;É o que eu posso fazer;. Quem se envolve em alguma confusão dentro da escola tem que escrever um texto de 40 linhas sobre violência. ;Competição entre escolas existe desde a época em que eu era estudante. Mas hoje percebo que a tolerância entre os meninos está cada vez menor;, disse Sheila, de 44 anos. [VIDEO1] Cerca de 80% dos alunos das escolas envolvidas nessas rixas são de cidades do DF. Estudam na Asa Sul porque os pais trabalham no Plano Piloto ou porque os responsáveis fizeram questão de matriculá-los em colégios que consideram ser melhores. ;Muitas vezes, as rixas que existem nas cidades onde eles moram são transferidas para o ambiente escolar;, destacou Oliveira. Ele teme que as brigas de cada dia ganhem proporções maiores: ;Se não fizermos nada, eles vão se organizar e virar gangues de verdade;.

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