Cidades

Adolescente é encontrado morto no Caje

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postado em 02/09/2008 23:58
Movimentação na porta do Caje: suspeita de enforcamentoUm dos 270 jovens internados no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) morreu na noite desta terça-feira (02/09). Ele estava em uma cela com outros três meninos havia quase 30 dias. De acordo com policiais militares que cuidam da segurança externa da instituição ; localizada na 916 Norte ;, não havia marcas de ferimentos no corpo. A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) vai investigar o caso e, segundo a diretora da instituição, Heloísa Maira Vaina de Carvalho, a hipótese mais provável é ;enforcamento;. A capacidade de lotação do Caje é de 240 menores. Por volta das 23h, a diretora chegou ao centro para verificar o ocorrido. Em seguida, duas equipes ; uma da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) e outra do Corpo de Bombeiros ; entraram na instituição, onde meninos que cometeram infrações cumprem medidas socioeducativas. Após conversar com agentes e internos, Heloísa Carvalho afirmou que a morte ocorreu por volta das 22h30. A vítima tinha 16 anos ; o nome e a local de moradia não foram divulgados para resguardar a família ; e cumpria internação provisória, ou seja, aguardava a decisão do juiz para saber que tipo de medida socioeducativa cumpriria, em liberdade ou não. Até o fechamento desta edição, a perícia não havia chegado ao local. Rixa Heloísa se negou a dizer qual ato infracional o jovem morto teria cometido. ;Em princípio, a hipótese é de enforcamento. Os jovens conviviam havia quase 30 dias e não tinham qualquer rixa ou problema aparente. Numa primeira conversa que tive, eles apenas falaram que a vítima era ;alcaguete;;, afirmou. Os quatro companheiros de cela foram encaminhados à DCA. Por volta da 0h15, Heloísa deixou o local para avisar a família de garoto. Houve uma tentativa de socorro, mas o garoto já estava sem vida. Uma fonte do Correio afirmou que a cela fica em um labirinto de 10 pavilhões e os agentes sempre demoram para chegar ao lugar. A idade dos internos do Caje varia de 13 a 20 anos (como a pena máxima é de três anos em um centro de atendimento, alguns maiores de idade permanecem no local). Saidão O clima de tensão, ocorrências de conflitos no Caje marcam a instituição. Este ano, em 12 maio Alisson Batista da Silva, de 18 anos, tinha acabado de cumprir o benefício do Saidão do Dia das Mães quando foi assassinado numa parada de ônibus na Asa Norte, enquanto esperava um ônibus para Planaltina. O crime estaria ligado a um acerto de contas, segundo a polícia. Uma testemunha que passava no local contou aos investigadores que momentos após o crime viu um homem armado em um Vectra, na altura da L4 Norte. O dono do Vectra, segundo os policiais era o traficante Richardson dos Santos, que tinha contatos com Alisson. A polícia informou ainda que Richardson tinha ficado paraplégico após levar um tiro na coluna disprada por um primo de Alisson, que também morreu de foprma violenta. Richardson foi preso na época, mas negou ter matado o jovem. A polícia investigou também a participação de dois outros suspietos.

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