Cidades

Grupo de direitos humanos classifica de precário abrigo de internos do Caje

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postado em 05/09/2008 16:16
Entidades de defesa da criança e do adolescente finalizaram a vistoria no Departamento de Polícia Especializado (DPE) onde estão provisoriamente os 29 internos maiores de idade do Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Ceja) e classificaram de precário o abrigamento dos jovens. Os internos, que não puderam voltar para o Caje porque a ala M2 onde viviam foi destruída durante a rebelião de quinta-feira, chegaram a DPE às 3h. Segundo os membros do grupo que fez a vistoria os internos reclamaram que assim que eles chegaram a DPE ficaram confinados num lugar chamado ;gaiolão;, um espaço para triagem de detentos. Os jovens denunciaram que havia vazamento no vaso sanitário do local que molhou vários colchões e que não existe nenhum tipo de material para higiene pessoal, nem mesmo papel higiênico. Só por volta de 12h, quando o grupo de vistoria chegou os internos foram divididos em duas celas, uma com 20 e outra com 9 internos. Os jovens também afirmaram que a primeira refeição que tiveram foi o almoço servido às 12h30. Ao sair da DPE a comissão também denunciou um ferimento em um dos adolescentes. Segundo o grupo um dos garotos tem um grande ferimento a bala, que não está nem com curativo. O interno também disse a comissão que não está tomando nenhuma medicação. Agora eles aguardam uma reunião como secretário de Justiça, Peniel Pacheco, para discutirem melhorias nas condições dos jovens levados para a DPE. Rebelião A situação no Caje no começo da tarde desta sexta-feira (05/08) parece tranqüila. A imprensa continua não autorizada a entrar no local. Pelas grades foi possível ver funcionários da instituição carregando colchões novos para uma das alas.

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