Jornal Correio Braziliense

Cidades

Mutirão reforma 11 escolas do Distrito Federal

Mutirão formado por pais, professores, alunos e comunidade reformaram 11 escolas do DF neste sábado. Projeto Mãos que Reformam Escolas Públicas já reformaram 850 escolas em todo o país

Em vez de lápis e cadernos, os instrumentos de trabalho na Escola Classe 3 do Paranóa neste sábado (06/09) foram rolos, latas de tintas e bandejas de apoio para os operários do dia: mais de 300 voluntários do projeto Mãos que Ajudam a Reformar Escolas Públicas. Membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pais e mães de alunos, estudantes, professores e moradores da comunidade colocaram as mãos na massa, pintando paredes, limpando calhas e reformando o piso da escola. De acordo com a diretora de ensino Isabel Souza, há três anos a escola não era reformada. "A escola ganhou um visual diferente. Os alunos vão ficar mais tempo nela com essa cara nova", comemorou. A obra recebeu a visita do governador José Roberto Arruda, que parabenizou a iniciativa do mutirão. Além da Escola Classe 3 do Paranoá, outras 10 escolas foram pintadas ontem no Distrito Federal, no Recanto das Emas, Ceilândia, Setor Sul e Setor Central, Novo Gama, Águas Claras, Guará 2, e Planaltina. A coordenadora no projeto no DF, Eva Fontes, destacou a importância das parcerias com empresários e com a Secretaria de Educação do GDF. "A igreja repassa cerca de R$4 mil para cada grupo. O restante do orçamento é adquirido por meio do governo e das doações de empresários", explicou. Segundo ela, uma das dificuldades do projeto é fazer a comunidade apreender que as ações em melhorias das escolas independem da opção religiosa dos envolvidos. "A iniciativa é da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mas digamos que ela escolheu a educação como uma de suas bandeiras de ação e que o resultado é para todos", afirmou. Durante toda a manhã, enquanto os adultos, muitos inexperientes na atividade, pintavam as paredes desgastadas com o tempo, as crianças ajudaram na retirada do lixo. Foi o que fez Moroni Cabral, 6 anos, um dos 900 alunos da escola. Enquanto o estudante varria, a mãe, Jucélia Cabral, 30 anos, pintava com os outros voluntários. Entusiasta do projeto, ela conta que já havia colaborado com a a reforma de outra escola no Paranoá, onde o filho mais velho, João Henrique, 12, estuda. "Já estou acostumada. Pinto tudo que for preciso para ter uma escola melhor para meus filhos", brincou. Além de Moroni, Jucélia foi à escola com o filho Jared de 4 anos e Jason de 2 meses.