postado em 08/09/2008 08:31
Inaugurado em abril, o Hospital de Santa Maria tem sete blocos de seis andares cada um e 384 leitos, sendo 44 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O prédio, no entanto, continua fechado para os pacientes. O Governo do Distrito Federal (GDF) espera conseguir aprovar a terceirização da unidade amanhã, durante reunião do Conselho de Saúde do DF, e, assim, marcar uma data para que o atendimento tenha início. O encontro dos conselheiros ocorrerá nas dependências da instituição.
A proposta de entregar a gestão do hospital para uma organização social, que não tem fins lucrativos, foi anunciada pelo governador José Roberto Arruda no dia da inauguração, em 30 de abril. A previsão era que tivesse sido aprovada pelo conselho na última reunião, realizada em 19 de agosto. Mas um dos conselheiros pediu vista do edital, com prazo de duas sessões ordinárias para que a entidade apresente o parecer.
O GDF investiu aproximadamente R$ 102 milhões e o governo federal, R$ 8 milhões na construção do hospital, que vai beneficiar uma população de cerca de 120 mil pessoas. ;Queremos que o hospital seja um centro de excelência para atender a população da cidade e de toda a região da saída sul do DF e Entorno;, afirmou o secretário de Saúde, Augusto Carvalho. O GDF estima que, com a contratação de médicos e auxiliares de enfermagem, sejam criadas 600 vagas de emprego.
Carvalho anunciou ainda a construção de pelo menos dois hospitais no DF pelo regime de Parcerias Público-Privadas(PPP). ;Os editais para as unidades de São Sebastião e Recanto das Emas já foram publicados;, disse. Segundo ele, técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão auxiliando o GDF na elaboração das regras para as PPPs.
De acordo com Augusto Carvalho, o modelo de terceirização que o GDF pretende adotar já é aplicado com resultados positivos em pelo menos 28 hospitais em São Paulo e na Bahia. ;Eu estive no Hospital Geral de Pedreira (SP), que tem mais de 80% de aprovação dos usuários. O que eu vi me deixou bastante impressionado. A humanização do atendimento, o ambiente de trabalho, o cuidado dos profissionais, a satisfação do usuário são exemplares;, contou. Segundo o secretário, com uma gestão terceirizada, o DF terá uma unidade de referência para atender centenas de milhares de pessoas e estabelecer novas diretrizes para a saúde pública na capital federal.
Carvalho, que licenciou-se do cargo de deputado federal pelo PPS no mês passado para assumir a pasta da Saúde, acredita que ;é preciso ter coragem para romper paradigmas; e abrir alguns setores para a iniciativa privada. ;Não podemos permanecer fechados em função de visões preconceituosas.;