Cidades

Elefante e rinoceronte do Le Cirque podem voltar a Brasília nesta terça

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postado em 08/09/2008 20:19
Depois de três semanas esperando pela liberação para viagem de volta a Brasília, os dois últimos animais do Le Cirque que ainda estavam no Mato Grosso do Sul, um elefante africano e um rinocerante, podem ser liberados nesta terça-feira (9/09) para voltar a Brasília. A decisão será tomada nesta terça pelo juiz federal da 3ª Região do Mato Grosso do Sul, Renato Togliasso, que recebeu nesta segunda-feira o relatório d e um professor de veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul favorável a viagem do elefante africano. O retorno, que deve durar um dia e meio, vai promover o reencontro dos dois com os outros 21 bichos do circo que estão no Zoológico há 28 dias. Toda a trupe animal do circo foi apreendida pelo Instituto de Meio Ambiente (Ibama) depois da constatação de maus tratos enquanto o circo se apresentava no Distrito Federal. Entre idas e vindas de ordens judiciais, o juiz Renato Togliasso decidiu que até o julgamento da causa os animais deviam permanecer no Zoológico. Os únicos a não viajarem de Mato Grosso do Sul, onde foram apreendidos depois de uma saída de madrugada das carretas do circo com 24 animais de Brasília com rumo ainda não revelado, foram o elefante Chocolate e o rinoceronte. Os dois dividem a carreta e por conta de um ferimento na perna do elefante tiveram que permanecer em Campo Grande. Chocolate foi submetido a tratamento e uma perícia semanal de um professor de veterinária da Universidade de Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (8/09) à noite, o laudo do técnico confirmou que o estado de saúde do animal é bom e ele, enfim, pode encarar a estrada de volta para Brasília. O laudo ainda será submetido ao juiz nesta terça-feira. "Pelo que tudo indica, inclusive a decisão do juiz federal, os bichos só esperavam esse aval para começar a viagem à Brasília. Se for procedente, ainda nesta terça à tarde embarcaremos os dois. Eles devem chegar na quinta em Brasília", informou o Chefe da Fiscalização do Ibama em Mato Grosso do Sul, Reginaldo Iyamaciro. Recinto renovado Segundo o coordenador da divisão de fiscalização de fauna do Ibama, Antônio Paulo Ganme, a recepção aos dois novos habitantes do zôo já está sendo organizada. Ganme conta que o recinto onde ficavam jacarés e jabutis será o novo lar do elefante africano Chocolate. ;O local está sendo reformado para receber esse habitante de peso e, enquanto isso, o jacaré e os jabutis vão ser transferidos para um recinto provisório ao lado do hospital veterinário. Já o rinoceronte ficará próximo aos hipopótamos;, informou. Maus tratos A polêmica envolvendo os animais da companhia circense teve início após uma vistoria do Ibama na capital federal ter constatado que eles eram vítimas de maus tratos. A pedido do Ministério Público, o circo, instalado no estacionamento do estádio Mané Garrincha, teve o alvará de funcionamento revogado. No dia 12 de agosto, fiscais do Ibama apreenderam dois chimpanzés e um hipopótamo. O Le Cirque conseguiu reavê-los na justiça, mas o Ibama preparou um laudo detalhado comprovando o tratamento inadequado. Os órgãos de fiscalização ambiental do DF prepararam a Operação Arca de Noé, para "resgatar" os animais. Mas os donos do circo ficaram sabendo e evacuaram o local na madrugada da sexta-feira, 15 de agosto. As carretas que levaram os animais havia sido pintadas e eles foram interceptados em Mato Grosso do Sul. A viagem de volta para Brasília foi realizada às pressas, o que fez que os bichos apresentassem sinais de exaustão. Um pônei morreu logo depois de chegar em Brasília e a camela teve sinais de desidratação.

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