Cidades

Empresários de São Sebastião protestam contra assaltos

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postado em 09/09/2008 08:16
Liderados por um menor de 13 anos, um grupo de adolescentes vem realizando arrastões no comércio de São Sebastião. Nos últimos 10 dias, eles assaltaram três farmácias, dois supermercados, uma livraria, a loja de conveniência do BRB e uma sorveteria. Ontem, 150 comerciantes fecharam as portas das lojas, atearam fogo em pneus usados para protestar contra a insegurança na cidade. Na terça-feira, 2 de setembro, a loja de conveniência do BRB foi assaltada. A funcionária tem medo de se identificar. ;Pediram que eu abrisse o cofre. Eu não sabia abrir, me bateu o desespero. Só Deus mesmo para proteger a gente.; Armados com revólveres, barra de ferro e um martelo, os adolescentes queriam o dinheiro guardado no cofre. ;Eu estava no caixa, era por volta das 14h. Não tinha ninguém na loja, só eu e outro funcionário. Eram três menores, de mais ou menos 13 anos. Um ficou do lado de fora, apontando a arma para o meu colega, os outros dois mandaram abrir a porta; (que fica nos fundos, trancada, por onde os funcionários entram). ;Fiquei nervosa, não conseguia abrir, eles davam marteladas, tentando quebrar o vidro; (do balcão que separa o funcionário dos clientes). Quando finalmente a funcionária conseguiu destrancar a porta, eles entraram, roubaram o dinheiro que estava nos caixas e fugiram correndo. Reunião O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Valmir Lemos, reuniu-se com os comerciantes, no fim da tarde de ontem. Ele pretende encaminhar as medidas que serão tomadas para tentar diminuir a onda de assaltos ao comércio até sexta-feira. ;Preciso conversar com o comando da Polícia Militar para conhecer sua capacidade operacional. Só depois vou saber como atender as reivindicações;, afirmou o secretário. Ele disse que só ficou sabendo do movimento dos comerciantes durante a tarde, quando recebeu o pedido de reunião. Algumas reivindicações, que implicam aumento de efetivo, dependem de concurso público. É o caso da substituição da 17ª Companhia de Polícia Militar por um batalhão, que implicaria triplicar o número de policiais, de 100 para mais de 300, como querem os comerciantes.

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