Cidades

Elefante e rinoceronte do Le Cirque devem chegar a Brasília no domingo

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postado em 12/09/2008 21:24
O elefante e o rinoceronte do Le Cirque que saíram na quinta-feira (11/09) de Mato Grosso do Sul só devem chegar a Brasília na madrugada de sábado ou na manhã de domingo. De acordo com o coordenador da divisão de fiscalização de fauna do Ibama, Antônio Paulo Ganme, os animais estão em Minas Gerais onde devem passar a noite e seguir viagem no sábado pela manhã. O Ganme disse que a carreta que trás os animais está em uma velocidade de aproximadamente 40 km/h o que explica a demora. O coordenador de fiscalização disse ainda que os animais parecem estar bem. Assim que chegar a Brasília os animais serão levados para o zoológico. O rinoceronte poderá ser visitado logo que chegar, já o elefante ficará em um área adaptada para ele, onde vivia o jacaré-açu e deve passar por um período de adaptação antes de poder ser visto pelos visitantes. Dilema O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul, Clorisvaldo Rodrigues dos Santos, determinou na terça-feira que os mamíferos fossem transferido para a capital federal. Os dois animais ainda não haviam deixado Campo Grande porque o elefante estava com a pata anterior direita machucada. Um veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que acompanhava seu estado de saúde, enviou na segunda-feira um relatório favorável a transferência do animal, já recuperado. O rinoceronte permaneceu em Campo Grande por ocupar a mesma carreta do elefante. Memória O Le Cirque teve o alvará de funcionamento revogado pelo Ministério Público em agosto quando se apresentava em Brasília, após uma vistoria do Ibama constatar que os animais eram vítimas de maus-tratos. Em 12 de agosto, fiscais do órgão apreenderam dois chipanzés e um hipopótamo, que foram recuperados na Justiça pelo circo. O Ibama preparou, então, um laudo detalhado que comprovava o mau tratamento e a Operação Arca de Noé foi preparada para reaver os bichos. Antes, porém, os donos do circo ficaram sabendo da ação e fugiram com todos os animais na madrugada de 15 de agosto, mas as carretas foram interceptadas em Mato Grosso do Sul. A viagem de volta a Brasília, feita às pressas com todos os bichos, menos o elefante e o rinoceronte, causou exaustão. Um pônei não resistiu e morreu e uma camela teve sinais de desidratação.

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