Cidades

Últimos animais do Le Cirque devem chegar às 17h no Zôo de Brasília

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postado em 13/09/2008 11:15
Os últimos animais do Le Cirque a deixarem o Mato Grosso do Sul devem chegar por volta das 17h deste sábado (13/09) a Brasília. O elefante e o rinoceronte foram liberados para a longa viagem, na última segunda-feira (8/09), após um professor de veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) ter apresentado relatório favorável a transferência dos bichos. O elefante estava com uma das patas machucadas e como o rinoceronte era seu acompanhante de carreta, este último teve que aguardar a melhora do companheiro. Segundo o coordenador da divisão de fiscalização de fauna, Antônio Paulo Ganme, os animais estão próximos a cidade de Anápolis (GO). Ganme informou, ainda, que os bichos estariam "bem", apenas com "um pouco de desgaste físico devido à viagem" ;Provavelmente eles estão numa boa. É hábito dos animais de circo a viajar distâncias como esta;, afirmou. O elefante e o rinoceronte ficarão no Zoológico de Brasília, onde já estão os outros 23 animais do circo, até julgamento do caso. Eles foram transportados em carretas do Le Cirque sob escolta do Ibama. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu os bichos por maus-tratos quando a trupe se apresentava na cidade. Memória O Le Cirque teve o alvará de funcionamento revogado pelo Ministério Público em agosto quando se apresentava em Brasília, após uma vistoria do Ibama constatar que os animais eram vítimas de maus-tratos. Em 12 de agosto, fiscais do órgão apreenderam dois chipanzés e um hipopótamo, que foram recuperados na Justiça pelo circo. Um laudo detalhado que comprovava o mau tratamento e a Operação Arca de Noé foi preparada, pelo Ibama, para reaver os bichos. Antes, porém, os donos do circo ficaram sabendo da ação e fugiram com todos os animais na madrugada de 15 de agosto, mas as carretas foram interceptadas em Mato Grosso do Sul. A viagem de volta a Brasília, feita às pressas com todos os bichos, menos o elefante e o rinoceronte, causou exaustão. Um pônei não resistiu e morreu e uma camela teve sinais de desidratação.

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