Cidades

Deficientes protestam por melhor atendimento em hospitais públicos

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postado em 22/09/2008 12:02
Por mais de três horas, membros e simpatizantes do Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Faped) ocuparam o estacionamento do Hospital de Base do DF (HBDF), nesta segunda-feira (22/09). Em clima de protesto, eles pediram mais atenção no atendimento aos deficientes, além do cumprimento de uma pauta de reivindicações enviada à Secretaria de Saúde em relação às más condições dos hospitais públicos do DF. A campanha teve início em 18 de julho. Nos setenta dias, a Faped visitou 11 hospitais do DF, entre eles o hospital de Ceilândia, o de Planaltina, de Brazlândia, Taguatinga e Hospital de Apoio de Brasília (HAB). ;Nesses dias, nos reunimos com autoridades e visitamos os hospitais. Cada um é mais complicado do que o outro. Mas, o mais precário é o de Planaltina. A higiene é muito ruim, além de que a atenção básica não é garantida para a pessoa com deficiência. Até parece que o cego ou o surdo não é contaminado com doenças virais;, protesta o coordenador geral do Faped, Michel Platini. Entre os itens da lista de protesto da Faped estão interpretes de libras em hospitais e postos de saúde e placas de identificações em braile. ;A acessibilidade não é apenas para cadeirantes. Não é colocar uma rampa e corrimões nos locais, fazendo assim parece que os surdos e cegos estão à margem da sociedade;, completa Platini. O prazo estipulado pela Faped era de até esta segunda-feira para a Secretaria de Saúde do DF se pronunciar a respeito da lista de reclamações. ;Como não tivemos resposta resolvemos fazer a manifestação;. O protesto começou com uma caminhada ao redor do HBDF, depois o grupo se reuniu no estacionamento e com o auxílio de um carro de som eles cantaram o hino nacional (em libras também). Um oração encerrou as atividades. A Faped informou que nestes 70 dias não obteve nenhuma resposta da Secretaria de Saúde. A reportagem do correiobraziliense.com.br entrou em contato com a Secretaria de Saúde, mas até o momento não obteve retorno sobre o assunto

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