postado em 24/09/2008 11:28
O clima já é de tranqüilidade na Feira dos Importados. Na manhã desta quarta-feira (24/09) feirantes irregulares, oriundos das áreas centrais de Brasília, foram impedidos de entrar no local. O tumulto iniciou com uma vendedora de água que insistiu entrar na feira, e jogou o carrinho em um dos fiscais da Central de Abastecimentos do DF (Ceasa) ; responsável pela área. Segundo a associação dos feirantes, no último fim de semana cerca de 300 ambulantes ocuparam os corredores da feira. O tumulto prejudicou as vendas dos feirantes.
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De acordo com a vice-presidente da Associação dos Permissionários da Feira dos Importados, Izilda Nascimento, os feirantes já haviam sido comunicados que esta quarta-feira (24/09) seria o último dia para eles deixarem a feira. "Estamos convidando-os a se retirarem sem pressão. Eu sei que eles não estão aceitando trabalhar no shopping popular (próximo a Rodoferroviária). Mas, nós pagamos por todas as melhorias aqui como o piso e a energia. Nós também tivemos que passar por um começo difícil", defende Nascimento.
Por 30 dias, policiais militares e civis, fiscais da Ceasa e seguranças privadas vão marcar presença na área, para evitar que os ambulantes retornem ao local. ;Não apenas na feira, vamos fazer em toda a Ceasa. Provavelmente, vamos prorrogar esta data porque, caso contrário, eles acabam voltando;, afirma o fiscal Assis Loyola, coordenador da operação. Este ano, uma operação também removeu ambulantes que vendiam lanches dentro da feira de frutas e verduras da Ceasa.
Alguns ambulantes que ainda não deixaram o local prometem organizar uma manifestação contra a situação. Eles alegam que são antigos ambulantes e que teriam perdido a permissão de comercializar com a mudança de diretoria da associação.
No entanto, o diretor executivo da Ceasa, Fernando Squinzani, rebate a afirmação dos feirantes. ;A retirada dos ambulantes das áreas centrais de Brasília resultou no acúmulo destes ambulantes na feira. São 300 a 400 feirantes irregulares por dia que ocupam a área. É uma concorrência desleal, além de que não posso permitir isso. Todos os permissionários passaram por um processo licitatório. Se não coibirmos a feira vai acabar; defende.