postado em 17/10/2008 20:29
Entidades de direito civil, promotores de defesa da infância e juventude e a deputada Érika Kokay, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, irão se reunir nesta segunda-feira (20/10) com o juiz da Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Renato Rodovalho, para pedir intervenção na rede de atendimento de crianças que vivem na Rodoviária do Plano Piloto. A exploração sexual dessas crianças e o envolvimento com drogas foi denunciada pelo Correio Braziliense em uma série de reportagens.
A reunião foi marcada nesta sexta-feira (17/10) depois que representação pedindo abrigamento urgente para a organização não-governamental Giração, que funcionava no subsolo do Conic e atende crianças e adolescentes em situação de risco. A representação foi apresentada na Vara da Infância pela deputada Érika Kokay. A ONG recebeu na quinta 24 horas para providenciar a detetização e 15 dias para providenciar itens de segurança sob pena de interditar o local.
A secretária de Assistência Social, Eliana Pedrosa, disse que o público atendido pela Giração poderá ser transferido de imediato para o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas). Eliana anunciou também que, na próxima semana, vai se reunir com o secretário de Saúde, Augusto Carvalho, para elaborar uma estratégia de atendimento toxicológico dos meninos e meninas.
Nesta tarde promotores do Ministério Público do DF e Territórios divulgaram nota de repudio a ;operação de repressão desencadeada na área central de Brasília após a publicação de matérias sobre a exploração sexual e a utilização de crianças e adolescentes para o tráfico de drogas.; A nota também denunciava violência cometida contra os meninos e meninas. ;Notícias que chegaram ao Ministério Público apontam para o recrudescimento das ações repressivas. Há relatos de torturas e desaparecimento de crianças e adolescentes.;