postado em 20/10/2008 19:59
Acusado de matar o empresário Leonel Evaristo da Rocha, Luzivan Farias da Silva será julgado pelo júri popular. O juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do Ministério Público do DF e indiciou o réu por homicídio qualificado por motivo fútil e traição e furto qualificado.
Luzivan é acusado de planejar o assassinato do dono da rede de restaurantes Bargaço. O crime ocorreu em abril deste ano, na BR 450, sentido Brasília-Núcleo Bandeirantes. O empresário Leonel Rocha foi morto com três tiros no rosto. Na época, Luzivan, gerente da filial de Fortaleza do Bargaço, que estava com Leonel na hora do crime, afirmou que ambos seguiam de carro para o Núcleo Bandeirante, onde o funcionário estava hospedado, quando dois homens armados os obrigaram a parar na rodovia.
Duas testemunhas porém contrariaram a versão apresentada pelo réu. Uma delas, que passava pela rodovia, viu Luzivan e outros dois homens conversando ao lado dos carros parados. Um deles olhava de um lado para outro aparentando preocupação. Depois que passou pelo local, o depoente foi ultrapassado por um dos carros e reconheceu mais uma vez os elementos que estavam com Luzivan.
Os dois comparsas, reconhecidos por foto como os homens que conversavam com o acusado no momento do crime, são policiais militares e acusados de pertencer a um grupo de extermínio em Goiânia. A quebra do sigilo telefônico de Luzivan comprovou que todos os envolvidos mantiveram contato por telefone antes e depois do homicídio.
Consta da denúncia do MP que o irmão do réu, Luís Carlos de Farias, que se encontra foragido, também participou da preparação da emboscada. Os policiais militares, sargento Ismael Severino da Silva e o soldado Jarson de Jesus Pinto Cerqueiro, estão presos em Aparecida de Goiânia e ainda não foram ouvidos.
A assessoria do Tribunal de Justiça do DF informou que ainda não há data prevista para o julgamento.
Com informações do TJDFT