postado em 23/10/2008 18:50
Apesar da ameaça de ter o dia descontado na folha de pagamento, o Sindicato dos Professores estima que cerca de cinco mil professores não deram aulas na manhã desta quinta-feira (23/10), quando aconteceu a assembléia convocada pelo Sinpro, em frente à sede do Governo do Distrito Federal em Taguatinga. Na assembléia ficou decidido uma nova reunião para o dia 7 de abril, quando sai o primeiro contracheque após a data base da categoria.
Um dos diretores do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Antônio Danes, destaca que nos últimos acordos firmados foi deliberado prazo para que o GDF reponha os três dias em que os professores paralisaram as atividades nos último mês. ;Demos prazo para que o governo cumpra o calendário de reposição. Mas isso ainda não ocorreu;, afirma Danes. No entanto, o secretário de educação descarta a possibilidade de negociação. ;Não há nenhuma perspectiva de pagamento;, garantiu o secretário Valente.
Uma das grandes reivindicações da classe é um reajuste de 19,98% nos salários. Segundo Danes, a exigência tem motivo. ;O artigo nº 32 da lei que cria o Plano de Carreira dos professores, assinado no dia 8 deste mês, determina que o salário de 2009 não pode crescer menos do que o Fundo Constitucional do DF. Mas o fundo teve aumento de 19,98%;, declara. Além disso, os docentes querem que os planos de saúde e habitacional saiam do papel. Também para essas requisições, a assembléia determinou prazo de cumprimento. ;A próxima assembléia, marcada para 7 de abril de 2009, vai servir como contagem regressiva para que o governo atenda nossas reivindicações;, disse o diretor do Sinpro.
Segundo o secretário de educação, José Luiz Valente, as reivindicações dos docentes são sempre conversadas. ;Apesar de o plano de saúde estar parado, o plano habitacional está em andamento;, declara. Valente afirma que ambos serão definidos até o fim do ano.