Cidades

Cristovam apóia 14º para docentes no fim do ano

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postado em 24/10/2008 08:47
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) retorna ao Brasil neste fim de semana munido de excelentes argumentos para defender a melhoria da educação no país. Ele está em visita a Oslo, capital da Noruega, e Helsinque, na Finlândia, para conhecer os sistemas educacionais e afirma: ;comprovei que dão certo, principalmente na qualificação dos professores;. Esse foi um dos motivos que o levaram a aprovar a criação do Bônus de Desempenho Escolar no Distrito Federal. O 14º salário será pago a professores e funcionários da rede pública de ensino que cumprirem metas de desempenho. Já o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), que é contrário ao incentivo, recebe as críticas do parlamentar. ;Não entendo a razão do sindicato. Só se o governador (José Roberto Arruda) colocasse uns professores contra os outros;, argumenta o senador. ;O bônus vai aumentar a qualidade da educação no DF. Se todos que melhorarem no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) receberem o incentivo, não se trata de uma concorrência, mas de bom resultado;, completa Buarque. O sistema educacional da Finlândia é considerado o melhor do mundo por vários motivos. Mas dois se salientam: o currículo, que inclui ensino de música, de artes e duas línguas estrangeiras, e a formação dos docentes. ;Quem quer fazer concurso público para professor na Finlândia tem que estar entre os 10% melhores na faculdade;, explica o senador. Briga, mesmo, Buarque terá, na semana que vem, com o governo federal. A notícia de que o Ministério do Planejamento estaria tentando retardar a tramitação da proposta de emenda à Constituição(PEC) que trata do fim da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) para as áreas de educação e saúde, tirou o senador pedetista do sério. Ele afirma estar sendo traído pelo governo, pois, no ano passado, aceitou votar a favor da prorrogação da CPMF, se a DRU não fosse prorrogada. Desvinculação A DRU é um mecanismo que permite ao governo federal usar 20% de impostos e contribuições sem precisar justificar a destinação dos recursos. Os parlamentares de oposição lutam pelo seu fim por entender que, com isso, os 18% que, por lei, são destinados à educação e à saúde, acabam calculados somente sobre 80% do total arrecadado. ;Uma atitude dessas é uma burrice. Pode-se tirar dinheiro de qualquer coisa, menos da educação. Estados Unidos e países da Europa vão se recuperar mais depressa da crise porque têm bons níveis educacionais. A Índia está muito melhor do que o Brasil, lançando uma nave para o espaço. Trinta anos atrás, o Brasil estava na frente da Índia em programas espaciais, mas hoje eles nem existem;, alfineta o senador brasiliense. ;Se o governo conseguiu R$ 23 bilhões para colocar nos bancos, mais R$ 7 bilhões para comprar dólares, agora vai tirar R$ 2 bilhões da educação?;

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