postado em 29/10/2008 13:20
Os pais e alunos da Escola Classe nº 56 em Ceilândia, no Setor O, acompanham de perto um caso de polícia ocorrido dentro da sala de aula. Segundo a diretoria, uma professora da educação básica teria segurado os braços de uma criança, de cinco anos, para que ela fosse agredida pelos colegas. A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (28/10) na 24ª Delegacia de Polícia (Setor O). Assustados com a revolta da comunidade escolar, a Regional de Ensino de Ceilândia resolveu suspender o contrato temporário da professora. A docente lecionava no local há sete meses e deverá ser investigada em inquérito policial.
A denúncia foi feita pelo pai de um colega de sala da criança. Ao saber do caso, ele procurou a mãe da vítima. Assustada, a servidora pública Rejane Vieira Urani, 36 anos, conversou com outros três pais. Todos confirmaram tomar conhecimento pelos filhos. De acordo com os relatos, a professora Elisabete Barros teria incentivado os colegas a revidarem pelo fato da criança ter jogado um lápis contra os amigos. Os tapas foram dados no rosto após a ordem dada pela professora.
A criança ficou em casa durante esta manhã e deverá permanecer afastada das aulas até o fim da semana. A decisão foi tomada pela família para preservá-la do escândalo. Procurada pela reportagem, a mãe da vítima disse estar inconformada. ;Essa agressão pode trazer um trauma irreparável para o meu filho. Uma professora dessa não pode dar aulas para crianças;, disse.
A Regional de Ensino de Ceilândia entrou em contato com a escola. De acordo com a diretoria do colégio, um processo administrativo será instaurado para apurar a denúncia. Questionada por colegas, a professora negou que tenha segurado os braços da criança e ordenado a agressão. No entanto, pessoas próximas afirmam que ela chorou e demonstrou arrependimento ao explicar o episódio.
Nota
A Secretaria de Educação lamentou o caso e divulgou nesta manhã uma nota oficial. O texto reafirma as posições que já haviam sido anunciadas pela diretoria da escola. Além disso, reforça as punições administrativas previstas. "A professora responsável pelo incidente é temporária e já foi substituída por uma coordenadora da própria escola. A direção da unidade de ensino iniciou a busca por uma substituta no banco de professores reserva da Secretaria", diz a nota.