Cidades

Servidores acompanham a assinatura do acordo entre GDF e a Caixa Econômica

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postado em 01/11/2008 08:32
O dia do servidor foi no início desta semana, mas o maior presente veio nesta sexta-feira (31/10). Pelo menos para os funcionário públicos distritais com renda familiar superior a 12 salários mínimos. A Caixa Econômica Federal (CEF) vai financiar 100% da casa própria desses servidores em até 20 anos com juros abaixo dos praticados pelo mercado. Mais de 100 mil funcionários de todos os níveis da administração local poderão participar. Mesmo quem já possui imóveis no DF poderá comprar outro. Segundo a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, nenhum estado brasileiro conta com acordo tão amplo. ;O financiamento de 100% é o diferencial;, valoriza ela. ;A Caixa garante que todos os que nos procurarem serão atendidos. Há muitos recursos disponíveis para esse fim. Só este ano já financiamos em Brasília R$ 775 milhões na área de habitação, um número superior à média nacional;, completa. O convênio só começa a valer oficialmente a partir de 3 de dezembro, mas Maria Fernanda garante que as agências já estão preparadas para instruir o servidor sobre tudo o que é necessário para conseguir o financiamento. ;Podem começar a procurar o imóvel. Realizando o sonho de vocês a Caixa executa sua missão;, discursou ela para mais de mil servidores que participaram do ato de assinatura do convênio, na manhã de ontem, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A contrapartida do GDF, segundo o governador José Roberto Arruda, possibilitou o financiamento integral. ;O pagamento das prestações será direto na folha salarial. Assim, o risco da Caixa é quase zero;, explica. O valor da prestação não poderá exceder 25% da renda mensal familiar. ;O servidor que tinha dificuldade de juntar o dinheiro da entrada vai poder parcelar o montante e pagar de prestação quase o valor do aluguel;, complementa ele, que também promete enviar para a Câmara Distrital, este ano, o projeto do plano de saúde dos servidores. O governador destacou que o crédito é uma resposta à crise econômica que assola o mundo. ;Esses financiamentos vão movimentar a economia do DF. Queremos que todos os servidores tenham suas casas. Em Sobradinho II, onde uma boa casa custa R$ 60 mil, por exemplo, o servidor vai pagar entre R$ 300 e R$ 400 por mês de prestação, o custo do aluguel.; Preços vão subir Além do financiamento integral do imóvel, as taxas de juros que serão cobradas dos servidores são atrativas. Quem estiver interessado em moradias de até R$ 130 mil pagará 8,4% ao ano de juros. Imóveis de até R$ 200 mil terão taxas de 9,5%. Os acima dessa faixa terão 11% ao ano. ;É um belo presente. No mercado, essas taxas estão em 13%, 14% ao ano e tendem a aumentar;, informa o economista Adolfo Sachsida, professor da Universidade Católica de Brasília (UCB). ;Além dos juros baixos, o financiamento de 100% é uma enorme vantagem. A regra é financiar até 80% no máximo. E quem já tem imóvel também pode participar. São muitas vantagens;, aponta. Sachsida prevê que as medidas aumentem os preços dos imóveis. ;São mais de 100 mil servidores e vai ser uma corrida. É claro que com o aumento da procura as empresas vão aumentar preços;, avisa. ;Com isso, vai se dar melhor o servidor que aproveitar para comprar logo. O cidadão que não tem esses benefícios, no entanto, pode sofrer com os aumentos;, explica o economista, que dá uma solução: ;A Terracap deveria vender mais lotes. Ela está liberando os terrenos a conta-gotas. Isso favorece a especulação imobiliária;. A servidora Maria do Rosário Gonçalves, 49 anos, lotada na administração da Ceilândia e moradora da mesma cidade, mostrou-se interessada. ;As condições parecem boas. Todo mundo vai correr para comprar;, aposta ela, que mora de aluguel com o marido e quatro filhos e resolveu ir à solenidade ;para ver como funciona o plano;. Ela quer morar em Ceilândia e promete se apressar.

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