Cidades

Reclamações marcam dia de Finados no cemitério de Taguatinga

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postado em 02/11/2008 19:24
No cemitério de Taguatinga, por onde mais de 180 mil pessoas passaram neste domingo (02/11), o sentimento de indignação tomou conta de algumas famílias. Esse é o caso da vendedora Jacqueline Betânia Francine, 37 anos. Em fevereiro deste ano, a administração do cemitério -- que está sob a responsabilidade da empresa Campo da Esperança Serviços Ltda -- retirou a imagem de Jesus Cristo que ela colocou ao lado do túmulo da filha. "Eles retiraram a imagem sem me avisar. Não respeitam a dor das famílias", indigna-se. Para aliviar a dor, a cardecista chegou às 7h para arrumar o túmulo de Amanda Thayná. "Eu só tenho a agradecê-la por ter me confiado a responsabilidade de ser mãe", diz. Em 2001, a menina de dois anos brincava na rua, quando um muro de uma casa desabou sobre ela, em Goianésia (GO). Amanda sofreu traumatismo craniano e morreu um dia depois do Dia das Crianças. Jacqueline entrou na justiça e recolhe assinaturas de familiares com parentes sepultados no local para poder recuperar a imagem de Cristo. Deulina Bianque da Silva, 52 anos, foi uma das 80 pessoas que assinaram o caderninho de Jacqueline, hoje pela manhã. "Eles não respeitam nem os mortos", revolta-se. A surpresa de Simone Balduino das Chagas, 36 anos, foi ainda pior. Ao chegar no setor CI, quadra 103, lote 210, ela encontrou a cova do irmão Dauro Balduino das Chagas aberta. "É um desrespeito muito grande. A gente vem fazer uma homenagem e só tem aborrecimento", revolta-se. Simone foi até a administração do cemitério, mas não foi atendida. A assessoria de imprensa da Campo da Esperança informou, na noite deste domingo (02/11), que a imagem da qual se queixou a vendedora Jacqueline Betânia Francine não foi retirada pela administração e pode ter sido furtada. Nesse caso, recomenda-se que seja feita ocorrência policial. Em relação a falta de água no cemitério de Brazlândia, a assessoria da empresa explicou que é decorrente de uma dívida da Associação dos Jardineiros que já chega a R$ 5 milhões com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal. "Isso nada tem a ver com a empresa Campo da Esperança", informou.

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