postado em 03/11/2008 22:00
A professora Elizabeth Barros, acusada de ter segurado um de seus alunos para que um outro o agredisse na última terça-feira, na Escola Classe 56 de Ceilândia, teve sua versão confirmada em novo depoimento prestado, na tarde desta segunda (3/11), por Sílvia Maria Santana do Nascimento, mãe de Guilherme ; colega de turma do menino que teria sido agredido.
A afirmação é a mesma dada por Elizabeth, que disse ter "segurado os braços do aluno para tirá-lo de uma confusão". O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia, Vivaldo Neres, disse que a versão de Elizabeth também foi confirmada em outros dois depoimentos de pais prestados na última sexta-feira.
Segundo Sílvia, antes de prestar o depoimento ela conversou diversas vezes com o filho que confirmou ter visto a professora apenas apartar a briga. ;Eu acredito na inocência dela. Ela é calma, meiga e não acredito que ela tenha feito isso (segurado um dos alunos para que os outros o agredisse);, explicou.
Além disso, Sílvia afirma que Guilherme pergunta diariamente pela ;tia Beth;. Para esclarecer o que realmente aconteceu, a polícia deve convocar seis alunos e seus respectivos pais para uma entrevista técnica, a ser realizada por psicólogos e por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. A entrevista deve ser dividida em dois dias ; três crianças de cada vez - de forma ilustrativa, dentro de no máximo três dias.
Depois de ter sido acusada da agressão, a professora foi suspensa do cargo. Pais de alunos que acreditam na inocência de Elizabeth vão se reunir hoje, às 13h30, em frente à Delegacia de Ceilândia, para manifestar apoio à professora.
O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Washington Dourado, pretende entrar com uma ação, ainda hoje, contra o Governo do Distrito Federal (GDF) e contra Rejane Vieira Urani, mãe do aluno que teria sido agredido. "Vamos pedir que o Estado se retrate com a professora e a repare por danos morais e materiais", informou.