Cidades

Servidores do metrô votam hoje proposta de greve da categoria

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postado em 05/11/2008 14:13
Os metroviários do Distrito Federal decidem em assembléia-geral nesta quarta-feira (5/11) a proposta de greve da categoria. A intenção dos servidores é deixar apenas 30% do serviço em operação a partir das 6h desta quinta-feira (6/11), o que corresponde a apenas quatro trens. A assembléia está programada para acontecer às 20h na Praça do Relógio, em Taguatinga. Antes, os servidores reúnem-se no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para oficializar a proposta e apresentarem o planejamento para manter o funcionamento mínimo do transporte. A pauta de reivindicações da categoria não apresenta qualquer pedido de reajuste salarial. Segundo o coordenador-geral do sindicato dos metroviários (SindMetrô), Solano Teodoro da Trindade, a paralisação busca apenas garantir melhorias no funcionamento do transporte. ;Faltam funcionários e isso prejudica muito o atendimento. Ficamos sobrecarregados, o que coloca em risco a segurança do usuário;, argumenta. Além de defender a realização de novo concurso público e ampliação do quadro, a categoria pede ainda a manutenção dos trens. Segundo o sindicato, os veículos encontram-se em estado de precariedade. Três estariam parados por falta de manutenção. A assessoria de imprensa da Companhia Metropolitano, responsável pelo metrô, informou que apenas quatro trens são insuficientes para atender a população do Distrito Federal. Com isso, o transporte poderá ficar totalmente parado caso o comando de greve mantenha a margem de atendimento mínimo apresentada. A Metropolitano justifica que a medida deverá ser tomada para evitar tumultos nos terminais. A categoria dos metroviários é composta por 600 funcionários de operação e outros 400 servidores, entre terceirizados e comissionados. O comando de greve definiu que a paralisação irá durar apenas um dia caso aprovada. Além disso, antecipou que a maior parte dos funcionários mostrou-se a favor da iniciativa em uma consulta prévia. Sobre a proposta de funcionamento mínimo, a categoria ainda não comentou se irá rever a margem. Furtos A falta de segurança dentro dos vagões e nas estações também motivou a apresentação de paralisação do transporte. Segundo o Sindicato dos Metroviários, o número de furtos têm sido crescente nos últimos meses. A categoria acredita que novas contratações por meio de concursos públicos poderiam ajudar a reduzir a insegurança no transporte com o aumento dos funcionários de apoio. ;O problema da segurança já ocorre há um bom tempo. Mas nos últimos meses vem ficando pior. É preciso agir antes que o metrô torne-se um local de violência e insegurança;, argumenta. A Companhia Metropolitano nega que haja casos de furto dentro dos trens e nas estações. Segundo a assessoria, foi registrada apenas uma ocorrência nos últimos quatro meses.

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