postado em 06/11/2008 15:31
A Universidade de Brasília (UnB) avaliou nesta quinta-feira (6/11) como um ;caso isolado; o episódio de seqüestro relâmpago sofrido há três dias por uma estudante do Instituto de Relações Internacionais no estacionamento da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados (FA). De acordo com a reitoria, há seis meses não são registradas ocorrências de assaltos e violência nas imediações da universidade. No entanto, os roubos e furtos em veículos continuam a liderar as estatísticas nos estacionamentos da universidade e reforçam a sensação de insegurança entre os estudantes.
As ocorrências no campus da universidade ficam registradas no livro da Coordenação de Proteção ao Patrimônio (CPP). O último levantamento aponta que somente em setembro foram encaminhados 11 casos de arrombamentos a carros e outros quatro de roubo de veículos. Além disso, o balanço entre janeiro e setembro deste ano soma 88 ocorrências. As áreas com maior incidência continuam sendo o estacionamento da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados (FA), Biblioteca Central e da Faculdade de Saúde.
Mesmo com os números elevados de furtos e roubos, a reitoria sustenta não haver insegurança. O secretário de comunicação, Luiz Motta Gonzaga, acredita que a inexistência de assaltos há seis meses é o maior indicativo que o seqüestro registrado foi um caso isolado. ;Não podemos tirar conclusões de um único caso. As ocorrências de violências como assalto são mínimas. E quando acontecem, em geral, é por que os alunos se expõem ao risco por ficarem nos estacionamentos parados durante a madrugada;, argumenta.
Segundo o relato da aluna seqüestrada, ela estacionava o carro próximo ao prédio da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados (FA), por volta de 19h40, quando dois homens a abordaram. A ocorrência foi registrada pela estudante na 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), mas a investigação está por conta dos agentes de repressão ao seqüestro.
Serviço de Segurança
O chefe da Coordenação de Proteção ao Patrimônio da UnB, Jose Reis Lacerda, admite que o número de homens encarregados da segurança na UnB ainda é insuficiente. O setor conta atualmente com três viaturas e quatro motos para realizarem as rondas. Segundo Lacerda, seria necessário dobrar o efetivo. ;O período de fim de ano é sempre preocupante. Ainda mais depois desse caso. Não dá para fazer a ronda em todos os locais com o quadro de funcionários atual;, explica.
O chefe da segurança também sugere a instalação de câmaras de segurança nas dependências dos estacionamentos. Mas segundo ele, a própria comunidade mostra-se contra a iniciativa e alega que estaria sendo vigiada. "Os estudantes reprovam a idéia. Mas acho que ela seria uma boa forma de garantir a segurança", avalia.