Cidades

Governo contrata 1.415 profissionais da saúde

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postado em 07/11/2008 07:50
O Governo do Distrito Federal (GDF) empossou, nesta quinta-feira (6/11), 1.415 profissionais de saúde, que ajudarão a diminuir o tempo de espera por atendimento nos hospitais do DF. Além dos novos servidores, o governador José Roberto Arruda disse que o número pode ser acrescido de cerca de 600 funcionários do programa Saúde da Família, que foram dispensados com o fim do contrato com Fundação Zerbini. Eles terão a situação definida na próxima terça-feira, quando a Câmara Legislativa vota um projeto de lei, de autoria do Executivo, que os incorpora aos quadros do governo local. Governador Arruda anuncia a contratação de 1415 profissionais para saúde O governador classificou a solenidade de ontem como ;o ato público mais relevante para a saúde pública, desde o início do seu governo;. Os novos contratados, por meio de concurso público, já tiveram as nomeações publicadas no Diário Oficial do DF, entre os últimos meses de agosto e outubro, e foram lotados nos hospitais regionais do DF. A Secretaria de Saúde não soube especificar com quantos servidores cada hospital foi contemplado, mas informou que as unidades de saúde do Gama e de Ceilândia, que, além da demanda local, atendem grande contingente de pacientes do Entorno, receberam o maior número de profissionais. Dentre os servidores empossados, 641 são médicos. Nas unidades de atendimento, os novos contratados, principalmente médicos e enfermeiros, são aguardados com ansiedade. No Hospital Regional de Ceilândia (HRC), o vice-diretor José Carlos Teixeira Viula disse que, quando os novos médicos chegarem, o atendimento na emergência deve ser agilizado. Na tarde de ontem, centenas de pessoas aguardavam na recepção. Servidores do HRC disseram que a escala previa três clínicos gerais, das 13h às 19h, mas apenas um médico estava atendendo. A dona-de-casa Marlene Maria (sobrenome não divulgado) aguardava ser chamada, com fortes dores abdominais, desde o meio-dia. Às 15h30, ainda não tinha sido atendida. O caso do motorista Lecênio Ribeiro de Barros, 57, expõe outro lado da pressão sofrida pelos hospitais do DF. Morador de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, ele veio a Brasília à procura de tratamento para a diabetes. Estava na fila desde às 9h. ;A saúde pública do DF e do país não está boa;, reconheceu o governador, durante o evento ontem, realizado no Teatro Nacional. ;As pessoas mais humildes, quando procuram grande parte das unidades de atendimento, saem mais tristes do que quando chegaram;, completou. Segundo Arruda, o desafio dos gestores é promover mudanças que garantam a universalização da saúde, prevista na Constituição Federal de 1988, e melhorem o atendimento da população. Santa Maria Arruda disse, ainda, que a entrega da gestão do Hospital Regional de Santa Maria para uma organização social é uma iniciativa ousada, que pode promover as melhorias necessárias ao atendimento da população. A unidade está parada, desde abril, e deve ter seu destino definido na próxima terça-feira, quando o Tribunal de Contas do DF (TCDF) decidirá sobre a modelo pretendido pelo GDF. Arruda também anunciou a criação de um novo hospital público. A unidade será instalada no prédio construído pelo Lar dos Velhinhos, no Núcleo Bandeirante, que faria o atendimento na área de geriatria. Como a instituição não teve condições de colocar em funcionamento o hospital, o GDF vai retomar a área e indenizar a construção. A unidade ainda não tem uma data definida para entrar em funcionamento. ;Em 2009, certamente estará pronto;, informou o secretário de Saúde, Augusto Carvalho. Na próxima semana, o governador viaja a Goiânia e São Paulo para discutir outras iniciativas para incrementar o atendimento à saúde da população da capital federal. Em Goiás, Arruda vai discutir soluções para os hospitais de Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto. Em São Paulo, conhecerá as unidades de Atendimento Médico Ambulatoria.

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