Cidades

Sinpro alerta para saúde dos professores da rede pública

;

postado em 07/11/2008 17:16
Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde e Trabalho (Gepsat) da Universidade de Brasília (UnB) mostra que a categoria está preocupada com a própria saúde. Dos quase 1.500 professores que responderam o questionário, 50% tiraram atestado médico nos últimos seis meses. Os afastamentos duram, normalmente, menos de uma semana, sendo que 16% passaram entre três e sete dias longe da sala de aula. "O grau de adoecimento na rede pública está enorme, fruto de condições de trabalho ruins e problemas na organização e na relação entre os professores e o sistema", resume a pesquisadora Ana Magnólia. Os docentes sofrem com problemas físicos e psicossociais. Dos quase 1.500 professores que responderam ao questionário, 870 disseram já ter sofrido problemas psicológicos, sendo que o mais comum é a depressão. Além disso, os docentes queixam-se de esgotamento profissional, estresse e sobrecarga. A pesquisa da UnB, feita por meio da página do Sinpro na internet, foi divulgada nesta sexta-feira (7/11) no Congresso de Educação da Rede Pública do DF, realizado pelo Sinpro. Para o secretário de Educação, José Luiz Valente, existem casos de professores doentes, mas também há quem abuse no número de atestados médicos. "Estamos trabalhando para melhorar a rotina do trabalho incentivando a carreira e investindo em novas escolas. Além disso, o posto da perícia médica na Asa Norte será modificado para melhorar o atendimento", afirma.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação