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Chuvas: DF tem quatro regiões de risco, alerta Defesa Civil

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postado em 10/11/2008 13:33
Com a chegada das chuvas, a população que ocupa regiões próximas a córregos e encostas precisam ficar alerta sobre a possibilidade de desabamentos e inundações em residências. Para evitar danos materiais aos moradores e não colocar em risco a vida das pessoas, a Defesa Civil delimitou as áreas de risco em todo o Distrito Federal. De acordo com o levantamento, 287 famílias de quatro cidades ; Riacho Fundo I, Núcleo Bandeirante, Ceilândia e Sobradinho - serão removidas de suas casas. Outras cinco localidades também estão sendo monitoradas pelo órgão. A região de maior risco é de uma invasão no Riacho Fundo I, conhecida como Vale da Bênção. Segundo o chefe de vistorias da Defesa Civil, Major Toni Monteiro Belinho, os barracos estão localizados muito próximos ao córrego Riacho Fundo, com isso uma forte chuva poderá inundar elevar o nível da água do córrego e danificar as estruturas frágeis das moradias. ;Sem falar nas epidemias. A água que corre do rio é suja porque tem muito lixo acumulado na região, sem falar do esgoto;, afirma o Major. No Núcleo Bandeirante, próximo ao setor de oficinas, a situação é similar as das famílias do Riacho Fundo I. A invasão também ocupa uma área próxima a um córrego. Já em Ceilândia o problema é no setor de chácaras da cidade. O solo sensível e fraco corre o risco de desabar com um temporal. ;A falta de um estudo ambiental do impacto do solo complicou tudo. O solo inapropriado e frágil somado ao ato humano compromete as casas a ficarem em pé; explica o Major. Em Sobradinho, no setor de mansões, várias casas foram construídas a beira de vales e encostas. O perigo de desabamento das residências também é grande. Aviso Todas as moradias localizadas nessas áreas já foram notificadas, porém as remoções só deverão acontecer em dezembro. ;Trabalhamos com estatísticas e a tendência é que as chuvas mais freqüentes e fortes só apareçam em dezembro, janeiro e fevereiro. Não afirmo que não exista o risco de chegarem antes, mas com os critérios adotados até hoje não tivemos nenhum caso de morte;, afirma o Major Toni Belinho. As ações da Defesa Civil iniciaram com o fim da seca, em 15 de setembro e vão até o início de dezembro. O primeiro passo foi observar, principalmente, os períodos de vendavais e chuvas de granizo. Os locais considerados de risco já foram notificados e as famílias carentes cadastradas. O segundo procedimento será de responsabilidade de outros órgão do governo local. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) providencia moradias populares e lotes para ocupação. Já a Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa) é quem vai até o local fazer a retirada das construções, caso as pessoas insistam em continuar na região. Outras áreas Outras localidades também estão sendo monitoradas, como a Fercal ; bairro Alta Bela Vista e Queima Lençol ; , quadra 11 no Varjão, Vila Madureira e Chácara 97, em Ceilândia, Vicente Pires, Estrutural e Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante. ;Precisamos da ajuda da comunidade também. Os proprietários das residências precisam fixar os telhados, as armações da parede e evitar jogar lixo nas ruas para não entupir os bueiros;, alerta o Major.

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