postado em 13/11/2008 12:37
Moradores da Ceilândia vão realizar, no próximo sábado (15/11), um ato público em frente ao prédio do Centro de Atendimento Psicossocial (Capes) da cidade. O objetivo do movimento é pedir a abertura imediata da unidade de atendimento a pessoas com transtornos mentais e dependentes de álcool e drogas.
O prédio, localizado na EQNP 24/28, está pronto, mas fechado. É o que afirma a assessoria da deputada Erika Kokay, uma das organizadoras da manifestação. No entanto, o gerente de saúde mental da Secretaria de Saúde, Leonardo Moreira, garante que o prédio não é destinado a uma unidade do Caps. ;Estávamos tentando conseguir o prédio para a saúde, mas há um impedimento jurídico;.
A polêmica deve-se à determinação do Ministério da Saúde que recomenda que as cidades com mais de 200 mil habitantes tenham pelo menos três Caps. Porém, em todo o Distrito Federal há apenas seis unidades.
A maior cidade do DF, Ceilândia, tem mais de 500 mil habitantes e nenhum Caps. Com isso, para que os pacientes possam receber atendimentos médicos e terapêuticos é preciso que eles procurem outras regiões.
Leonardo Moreira destaca que há projetos de construção de duas unidades do Capes em Ceilândia. No entanto, não há previsão de quando as obras vão começar. ;Ainda não houve licitação para a construção;. O coordenador de saúde mental conta, ainda, que estão prontos oito protestos para construção, mas que as previsões para o próximo ano vão além. ;Planejamos mais de 14 Capes para o ano que vem;.
Apesar da precariedade da saúde mental no DF, a Secretaria de Saúde informa que o Ministério da Saúde avalia a região como a unidade federativa que mais cresceu em números de Capes por 100 mil habitantes no último ano. ;Dobramos o número desses centros de atendimento;, ressalta Moreira. Em 2007, havia três unidades em todo o DF e, este ano, são seis, em Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Riacho Fundo, Guará e Asa Norte.