Cidades

Menina de 4 anos agredida pela mãe recebe alta

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postado em 18/11/2008 08:35
A menina de 4 anos vítima de maus-tratos na própria casa ganhou nesta segunda-feira (17/11) a chance de uma vida nova. A criança ; que morava com a mãe, o padrasto e duas meio-irmãs no Itapoã havia quatro meses ; recebeu alta depois de 17 dias internada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Ela deu entrada na unidade de saúde em 31 de outubro, apresentando graves lesões no corpo e na cabeça. Passou por uma série de exames e ficou parte desses dias com os movimentos do lado esquerdo prejudicados. A mãe da garota, uma manicure de 23 anos, é acusada de ter espancado a filha. Está presa no Presídio Feminino do DF (Comeia) e foi indiciada por lesão corporal grave. Se condenada, poderá pegar até cinco anos de prisão. O delegado Pablo Aguiar, da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), concluiu ao longo da investigação que a mãe foi a autora das agressões. Laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que a menina sofria espancamentos com freqüência. O padrasto da garota, um pedreiro de 24 anos, acabou indiciado pelo crime de omissão, mas responderá ao processo em liberdade. O avô materno veio do interior do Maranhão, e ganhou a guarda provisória da menina, que está na casa de um primo. Conselheira A conselheira tutelar do Paranoá Ivonete Barbosa acompanhou o caso desde o início e contou que a menina deve voltar ainda esta semana para Bacabal (MA). ;O avô está querendo ver a mãe da menina. Depois disso, eles viajarão;, disse Ivonete. A garota vivia no Condomínio Del Lago, no Itapoã, desde meados do ano. Antes disso, morava com os avós maternos na cidade maranhense. Voltaria para lá em dezembro. ;Ela ia voltar de qualquer jeito para lá, estava aqui só a passeio;, detalhou a conselheira tutelar, que quer visitar a garota antes de ela ir embora do DF. A história da menina de 4 anos, que foi agredida pela mãe, veio à tona no início da noite do último dia 31, quando ela chegou ao HBDF transferida do Hospital Regional do Paranoá. A pequena apresentava graves lesões pelo corpo e respirava com a ajuda de aparelhos. A mãe explicou aos médicos que a filha tinha caído de um velotrol enquanto tentava pegar doces em cima da geladeira. Depois, assumiu ter batido na menina com cinto cinco dias antes. Os médicos resolveram chamar a polícia e as investigações constataram o espancamento em casa. Entre janeiro e outubro deste ano, o DF registrou 1.036 casos de suspeita de agressões contra crianças e adolescentes, de acordo com a Secretaria de Saúde.

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