Cidades

Fiscalização tira 80 radiotáxis das ruas após denúncia

;

postado em 25/11/2008 13:48
O Departamento de Concessões e Permissões (DCP) da Secretaria dos Transportes do Distrito Federal retirou de circulação 80 carros da Rádio Táxi Turismo. A cooperativa foi fechada depois que o Correio Braziliense noticiou uma denúncia de um suposto atentado violento ao pudor feito contra um homem que trabalhava como taxista há dois meses, sem permissão do governo local. Ao todo a cooperativa tinha 140 veículos credenciados. Dez deles se recadastraram em outra cooperativa do mesmo proprietário e 50 ainda transitam pelas ruas do DF. Segundo promete o DCP, por pouco tempo. De acordo com o diretor do DCP, Dilvan Rodrigues, a fiscalização entendeu que a Rádio Táxi foi conivente com o policial Militar Cláudio Dias Lourenço, 33 anos, ao não exigir a permissão do motorista, que é liberada pelo Departamento. ;O Estado é o único que pode autorizar o motorista a fazer o transporte individual de passageiros. Nós conferimos a ficha criminal dos interessados, entre outros documentos e se ele for considerado habilitado, liberamos a permissão;, afirma. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu as estações e freqüências da Rádio Táxi, que funcionava no Setor Comercial Sul (SCS), devido a uma dívida antiga. No entanto, o proprietário pagou o que devia: cerca de R$ 80 mil. Ele também gerencia a cooperativa Radiotáxi Inteligente, onde dez motoristas da extinta Turismo migraram, depois de terem a permissão cassada. Eles passaram por um novo processo de cadastramento no DCP. De acordo com Rodrigues, os motoristas têm até 72 horas para atualizar os dados no Departamento. E logo depois, têm duas opções. Ir para um ponto ou procurar outra radiotáxi para se filiar. Além de permitir que Cláudio trabalhasse sem a documentação devida, a empresa também enfrentava um processo porque não havia entregue, até então, o cadastro de todos os carros e taxistas, conforme exige o governo, ao DCP. Histórico de acusações Cláudio tem passagens pela polícia por lesão corporal, estupro e cinco queixas de atentado violento ao pudor, prestadas por garotas de programa. O processo de expulsão contra Cláudio foi aberto há cerca de um mês pela Corregedoria da PM. Ainda enquanto exercia a profissão, ele procurou várias empresas de radiotáxi de Brasília para trabalhar, mesmo sabendo que isso é proibido pela corporação.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação